O Presidente sírio, Bashar al-Assad, agradeceu esta segunda-feira o papel dos Emirados Árabes Unidos em convencer os membros da Liga Árabe a readmitir o seu país naquela entidade, após mais de 12 anos de suspensão, segundo fontes oficiais.
Al-Assad expressou a sua gratidão ao seu homólogo dos Emirados, Mohamed bin Zayed, durante uma conversa telefónica, na qual os dois líderes “abordaram formas de melhorar a cooperação conjunta em vários campos para atender a interesses mútuos”, após a decisão da Liga no domingo de readmitir a Síria na Liga Árabe.
“O Presidente Basharal-Assad expressou o apreço da Síria pelo papel desempenhado pelos Emirados Árabes Unidos em reunir e melhorar as relações árabes”, disse MohamedbinZayed.
Os Emirados foram um dos primeiros países árabes a aproximar-se da Síria e a pressionar para que fosse readmitida na Liga Árabe.
Os chefes das diplomacias dos países da Liga Árabe concordaram no domingo durante uma reunião de emergência reintegrar a Síria na organização, após 12 anos de suspensão devido à repressão dos protestos que ameaçaram derrubar o governo do Presidente sírio Bashar al-Assad.
A reconciliação árabe com a Síria, impulsionada principalmente por Riade, tem estado em cima da mesa, especialmente depois de a Arábia Saudita e o Irão, um aliado próximo de Al-Assad, terem normalizado as relações no início de março.
O principal obstáculo ao regresso da Síria tem sido o Qatar, um dos principais apoiantes da oposição síria.
De acordo com um comunicado conjunto após a reunião, o regresso da Síria à Liga Árabe fica condicionado ao cumprimento de um conjunto de exigências com o objetivo de resolver a crise desencadeada após os protestos contra Al-Assad e que provocou um conflito que assola o país desde 2011.
A adesão da Síria à organização pan-árabe foi suspensa na sequência da repressão brutal com que o governo de Al-Assad reagiu às revoltas populares de 2011 contra o regime e que, posteriormente, conduziram a um conflito armado.
A mesma razão levou muitos países da região a cortarem ou a esfriarem as suas relações com Damasco, mas vários deles estão aparentemente em rota de reaproximação desde os terramotos que atingiram a Síria em fevereiro.