Cinco arguidos acusados de um crime de rapto na forma tentada, ocorrido em janeiro de 2022, escusaram-se esta terça-feira a aprestar declarações no início do julgamento no Tribunal de Vila Real.

Os cinco arguidos começaram esta terça-feira a ser julgados no juízo local criminal de Vila Real, estando acusados, pelo Ministério Público (MP), da prática em coautoria material e na forma tentada de um crime de rapto.

No início do julgamento, os cinco arguidos, três homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 39 e os 49 anos, optaram por não prestar declarações.

O caso remonta a janeiro da 2022 e, segundo a tese da acusação, um casal de empresários de Vila Real contratou três pessoas para raptarem uma mulher, com quem o empresário manteve uma relação amorosa extraconjugal e a quem ele terá entregado entre “30 a 50 mil euros”.

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Para tentar reaver essa verba, o MP disse que o casal de empresários decidiu contratar os restantes três arguidos, tendo elaborado um plano “com vista a raptarem e a obrigarem a ofendida a pagar-lhes a dita quantia monetária, recorrendo à ameaça e violência, caso necessário fosse”.

Os três arguidos contratados pelo casal, de acordo com o MP, seguiram de carro e vigiaram a mulher, só que ela apercebendo-se da presença da viatura acabou por se refugiar no interior de uma pastelaria, na cidade de Vila Real, de onde fugiu, entrando para o automóvel de uma amiga que a tinha isso buscar e ali permaneceu até à chegada da Polícia Judiciária.

O MP defende que os arguidos agiram em “conjugação de esforços” e que só não conseguiram concretizar o rapto por “razões alheias à sua vontade”, já que com eles se cruzaram dois veículos da PSP e a ofendida aproveitou esse instante para fugir da pastelaria.

O julgamento prossegue a 24 de maio, com a audição de uma testemunha da acusação e as alegações finais.