Cinco pessoas morreram perto da sinagoga Ghriba, a mais antiga de África, na ilha tunisina de Djerba, um destino turístico, atingidos por tiros de um guarda, que matou dois visitantes e dois seguranças, e acabou também por morrer. Não se sabem as motivações do ataque, frisa a BBC, que ocorreu esta terça-feira e feriu ainda quatro visitantes e cinco membros das forças de segurança.

O atacante era um polícia que começou por assassinar um colega numa instalação naval na ilha, ficando com as suas munições. Já perto da sinagoga, terá começado a disparar a arma indiscriminadamente, fazendo três mortos e nove feridos. As forças de segurança acabaram por disparar sobre o atacante, matando-o, segundo informações do ministério da Administração Interna local em comunicado, informa o jornal Guardian.

O ataque aconteceu durante a peregrinação anual na ilha, à qual vão judeus provenientes da Europa e de Israel. Este ano, a organização contabiliza a participação de mais de cinco mil judeus. Um dos visitantes mortos é francês e tem 42 anos o outro é tunisino e 30 anos, mas o ministério dos Negócios Estrangeiros não comunicou os respetivos nomes, segundo a France 24.

A sinagoga Ghriba tem 2500 anos e, apesar de a Tunísia ser um país maioritariamente muçulmano, a ilha de Djerba conta com centenas de judeus.

A Tunísia foi alvo de vários ataques nos últimos anos. Em 2020 uma explosão dirigida a polícias no exterior da embaixada norte-americana matou um agente. Em 2019 o mesmo método, mas desta vez duas explosões no exterior da embaixada francesa também fizeram um morto. Em 2015, aos alvos foram turistas, uma vez que militantes islamitas fizeram dois ataques num resort e num museu, provocando a morte de dezenas de pessoas.

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Na ilha de Djerba o último ataque aconteceu em 2002. Uma bomba matou mais de 20 pessoas e foi reivindicada por membros da al-Qaeda, acabando por ditar apertadas medidas de segurança durante a peregrinação na ilha desde então.

“As investigações continuam com o objetivo de esclarecer os motivos desta agressão cobarde”, afirmou o ministro da Administração Interna, sem se referir ao ataque como sendo terrorista, citado pela France 24. O governo francês “condena este ato hediondo nos termos mais fortes”, através da porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros. Os Estados Unidos também já reagiram à situação.

“Os Estados Unidos lamentam o ataque na Tunísia, a coincidir com a peregrinação judaica anual que atrai fiéis de todo o mundo à sinagoga El Ghriba”, lê-se numa publicação no Twitter feita pelo porta-voz do departamento de Estado. “Expressamos condolências ao povo tunisino e elogiamos a ação rápida da forças de segurança tunisinas.”