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Conseguiu fugir da Rússia para a Noruega. Temeu ser apanhado e disse ter estado em “grande perigo”. Para chegar ao destino teve de escapar a tiros e cães de guarda na fronteira. Agora, cerca de quatro meses depois, Andrei Medvedev quer regressar a Moscovo. “Se me matarem, tudo bem. Se não, muito obrigado“, afirma.
O antigo comandante do grupo Wagner, de 26 anos, revelou que está “pronto para voltar à Rússia”, embora acredite que o retorno possa colocá-lo em risco de vida. “Entrei em contacto com a embaixada russa em Oslo para obter ajuda, para facilitar o meu regresso”, afirmou, num de vários vídeos curtos que partilhou esta quarta-feira no YouTube, segundo a agência Reuters.
O ex-mercenário, que diz ter tomado esta decisão sozinho, afirmou que não conseguiu encontrar “a paz e a tranquilidade” que esperava na Noruega. “Veremos o que acontecerá na Rússia. Se me matarem, tudo bem. Se não me matarem, muito obrigado. Se eu viver, ainda mais obrigado”, antecipou.
A Reuters recorda que, no mês passado, Andrei Medvedev foi condenado por ser envolver numa discussão num bar em Oslo e por ter consigo uma pistola de ar. Ainda assim, na altura, disse à agência noticiosa que olhava para um futuro no país, nomeadamente através do estudo da língua norueguesa.
Antes de se juntar ao grupo Wagner, o antigo mercenário esteve preso por pequenos delitos e furtos. Depois, em julho do ano passado, quando saiu da prisão, alistou-se. Combateu na Ucrânia, algo que lamentou — tendo até chegado a pedir que os responsáveis por crimes nesse país invadido pela Rússia fossem punidos. Conseguiu escapar com ajuda de outros mercenários.
Logo no mês em que chegou à Noruega, em janeiro, esteve sob custódia policial por ter protagonizado “fortes desacatados” com as autoridades devido às condições do abrigo onde se encontrava.
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