Jeffrey Epstein terá ameaçado expor o caso extraconjugal de Bill Gates com uma jovem jogadora russa de bridge porque o co-fundador da Microsoft se terá recusado a contribuir para um fundo de caridade que o magnata e predador sexual pretendia criar para limpar a sua imagem, de acordo com uma investigação do The Wall Street Journal.

A ameaça terá sido feita através de um email enviado em 2017, no qual Epstein exigia a Gates que o reembolsasse pelos gastos na formação de Mila Antonova. Epstein, que conheceu Antonova em 2013, quando esta estava estava à procura de financiadores para lançar um negócio de tutoriais de bridge online, pagou-lhe as propinas de um curso de código.

A jogadora disse ao The Wall Street Journal que não sabia dos crimes de Esptein, que tinha sido registado como criminoso sexual em 2008, e que o magnata se tinha oferecido para a ajudar. Além de lhe ter pago o curso, Epstein, que não chegou a financiar o negócio de tutoriais, arranjou-lhe um apartamento em Nova Iorque para morar.

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Enquanto Antonova, que é atualmente engenheira de software, avançava com os estudos, o magnata tentava angariar contribuições para estabelecer um fundo de caridade. Uma das pessoas que terá contactado foi Gates, que se recusou a contribuir para o projeto ou a ceder às ameaças.

Segundo fontes ouvidas pelo The Wall Street Journal, o fundo terá sido uma tentativa de limpar a imagem depois de ter sido condenado em 2008 por ter solicitado uma menor para prostituição.

Epstein morreu em 2019, enquanto aguardava julgamento numa prisão federal por acusações de envolvimento numa rede de tráfico sexual. A causa da morte, oficialmente declarada um suicídio, levantou dúvidas junto da opinião pública e de pessoas próximas do caso.