Com base nas condições económicas, o Índice Anual de Miséria colocou este ano no topo o Zimbabué. Publicado na National Review e desenvolvido por Steve Hanke, professor de Economia Aplicada na Universidade John Hopkins, nos EUA, o índice reúne os fatores desemprego, inflação e taxas de crédito bancário de 157 países para chegar a este ranking que tem em segundo lugar a Venezuela e em terceiro a Síria.

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Num contexto de inflação crescente, vivendo de crise em crise desde que o antigo ditador Robert Mugabe esteve no poder, “as políticas do Zimbabué resultaram numa enorme miséria”, afirmou o professor Steve Hanke, que monitoriza a economia do país há 20 anos, citado no jornal The Telegraph.

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“Por exemplo, o Zimbabué tem sofrido uma inflação endémica desde a era de Mugabe, incluindo dois episódios de hiperinflação em que a taxa de inflação ultrapassou os 50% por mês durante 30 ou mais dias”, explicou, acrescentando: “O ano passado não foi muito melhor, com uma inflação anual de 243,8% e taxas de empréstimo de 131,8%.”

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Portugal surge no 124.º lugar do ranking com o desemprego como o maior fator que contribuiu para a sua posição. Já os PALOP surgem em 13.º (Angola), 26.º (São Tomé e Príncipe), 66.º (Moçambique), 82.º (Guiné Equatorial), 94.º (Cabo Verde) e 132.º (Guiné Bissau).

No segundo lugar está a Venezuela que, segundo a National Review, registou dois episódios de hiperinflação desde que Nicolás Maduro chegou ao poder em 2013. No extremo oposto da tabela surge a Suíça — em 157.º —, o país com menor índice de miséria e o “mais feliz”, à frente do Kuwait e da Irlanda.