Elísio Donas, teclista da banda portuguesa Ornatos Violeta, morreu aos 48 anos. A notícia foi avançada pela revista Blitz, que cita fontes próximas do conhecido grupo musical.
As causas da morte não são, para já, conhecidas. Donas mantinha-se ativo até há poucos dias: no passado dia 6, atuou na Queima das Fitas do Porto e, há apenas dois dias, tinha partilhado na sua página no Facebook novidades relativas ao disco de estreia dos Gato Morto, banda que também integrava.
Nascido em 1974, fundou em 1991 os Ornatos Violeta ao lado de Manel Cruz (voz), Peixe (guitarra) Nuno Prata (baixo) e Kinorm (bateria), e fez parte dos trabalhos mais emblemáticos da banda, incluindo “Cão” (1991) e “O Monstro Precisa de Amigos” (1999).
Sobre os Gato Morto, Donas disse, em entrevista à agência Lusa em outubro de 2020, que a banda era um “projeto de vida”, um “coletivo artístico mais do que uma banda”.
“Achei que era um nome engraçado, com toda a carga emocional desse nome tão estranho e negro”, afirmou.
Apesar de ter recebido “uma reação muito ativa e muito forte” contra o nome por parte de algumas pessoas, manteve-o pela sua “razão muito forte de existir”, enquanto uma personagem que, “por erros de vida não intencionais”, perdeu as sete vidas, recebendo outras de um poder superior.
“Tem mais quatro ou cinco vidas, já perdeu duas ou três, porque não aprendeu a lição toda, mas luta para ser melhor. Já é melhor do que foi. É uma personagem à procura de melhorar diariamente”, resumiu.
A par dos Ornatos Violeta, Elísio Donas também andou em digressão com os GNR, Jimmy P, Per7ume e Susana Félix e gravou com Sérgio Godinho.
Um dos últimos concertos de Elísio Donas foi no início deste mês, com os Ornatos Violeta, na Queima das Fitas do Porto, não estando confirmadas mais datas da banda.