Cinco homens foram condenados a sentenças de prisão de até 11 anos por operarem serviços ilegais de streaming da Premier League, naquela está a ser considerada a maior acusação privada de uma rede ilegal de pirataria a nível mundial. Com idades compreendidas entre 30 e 46 anos, os homens venderam entre 2016 e 2021 mais de 50 mil sticks para a televisão que permitiam ter acesso a centenas de canais desportivos em todo o mundo, de acordo com a BBC, além de dezenas de milhares de filmes e séries.

As sentenças foram declaradas esta terça-feira no tribunal Chesterfield Justice Centre, em Chesterfield, Inglaterra, onde o grupo foi considerado culpado de conspiração para defraudar, lavagem de dinheiro e desrespeito ao tribunal, num processo que se iniciou com uma acusação da Premier League, apoiada pela organização Hammersmith & Fulham Council’s Trading Standards e pela organização de proteção de propriedade intelectual FACT.

“A sentença de hoje é o resultado de um longo e complexo processo a uma operação altamente sofisticada”, disse Kevin Plump, do conselho geral da Premier League, num comunicado no site da organização. “As sentenças, que são as maiores alguma vez declaradas em crimes relacionados com a pirataria, vingam os esforços feitos para trazer estes indivíduos à justiça e refletem a gravidade e extensão dos seus crimes.”

Mark Gould, 36 anos, foi condenado à sentença mais alta de 11 anos por ter sido considerado pelo tribunal o líder da operação. Steven Gordon, 46, Zak Smith, 30, Peter Jolley, 41, Christopher Felvus, 36 e William Brown, 33, receberam sentenças entre 3 e 6 anos na cadeia.

O esquema ter-lhes-á rendido mais de 7 milhões de libras (cerca de 8 milhões de euros). O grupo cobrava 10 libras (11,56 euros) por mês pelos serviços de streaming, quando em Inglaterra o mesmo serviço providenciado por um fornecedor televisivo legal deverá custar entre 60 e 80 libras por mês (isto é, entre 69,38 e 92,51 euros). Ao longo dos seis anos, operaram três serviços ilegais diferentes: Flawless 1, Optimal e Shared VPS.

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