A Jaguar Land Rover (JLR) anunciou os planos para acelerar a estratégia de electrificação da sua gama, o que passa por transformar a fábrica inglesa de Halewood em instalações para produzir apenas veículos eléctricos. Ao contrário de alguns construtores europeus, a JLR mostra-se decididamente empenhada nos modelos eléctricos alimentados por bateria (BEV), o que implica comprometer-se com o investimento em simultâneo em plataformas, linhas de produção e, também, em baterias, motores eléctricos e software.
A JLR aposta em plataformas modulares, sendo que o Velar eléctrico vai recorrer à versão Medium-Size da Electrified Modular Architecture (EMA), base que não vai permitir montar motores a combustão nem híbridos plug-in. Apostar em BEV com todas as vantagens do seu lado é a única forma de conseguir propor modelos a bateria competitivos, com consumos reduzidos e autonomias superiores, sendo este o rumo seguido pelas duas marcas do grupo, a Jaguar e a Land Rover.
Se o Velar eléctrico vai iniciar a produção em 2025 (provavelmente um pouco antes), o Evoque e o Discovery Sport não andarão longe, uma vez que são modelos em que a Land Rover também aposta, mesmo depois de abandonar os motores a gasolina e a gasóleo. Um Range Rover 100% eléctrico começará igualmente a poder ser encomendado em 2030, com o grupo britânico JLR a pretender assumir-se como “o primeiro construtor exclusivamente eléctrico em 2030”.
Nem só de novidades a bateria para a Land Rover vive a JLR, uma vez que também a Jaguar tem uma série de cartas na manga. A primeira será uma berlina Grand Touring de quatro portas, agendada para 2025, que promete uma autonomia de 700 km e a maior potência de sempre num Jaguar. A este que será o primeiro BEV de nova geração da Jaguar, a marca somará mais dois eléctricos na primeira fase.
Mas a JLR não pode arriscar-se a deixar de ser competitiva face à concorrência, especialmente em determinados mercados menos preocupados com o ambiente. Como tal, os Range Rover e Range Rover Sport vão continuar a ser produzidos enquanto for possível, aproveitando ao máximo a plataforma Modular Longitudinal Architecture (MLA) em que assentam e que permite suportar mecânicas a combustão, híbridas plug-in e 100% eléctricas.