Um navio de guerra chinês intercetou uma embarcação norte-americana, passando a apenas 137 metros de distância. O navio dos EUA estava a fazer exercícios militares no Estreito de Taiwan, com uma embarcação do Canadá.

A embarcação chinesa passou à frente do navio USS Chung-Hoon e do canadiano HMCS Montreal, num incidente que aconteceu este sábado. De acordo com as autoridades norte-americanas, o Chung-Hoon teve de abrandar a velocidade para evitar a colisão. A notícia foi avançada pelo site canadiano Global News, que conseguiu captar em vídeo a proximidade do encontro entre embarcações.

A proximidade na abordagem está a ser vista pelos EUA como uma provocação por parte da China. Em comunicado, citado pela Reuters, o caso é descrito como uma abordagem feita de “forma imprudente” e que “as ações violaram as regras marítimas de passagem segura em águas internacionais”.

A China afirma que o Estreito de Taiwan faz parte do seu território. O ministro da Defesa chinês defendeu a abordagem do navio de guerra do seu país e ainda deixou no ar críticas à realização de exercícios naquele local. Li Shangfu não vê problemas em “passagens inocentes”, mas salienta que “devem ser prevenidas tentativas de uso dessa liberdade de navegação, da passagem inocente, para exercícios de hegemonia de navegação”, cita a CBS. As declarações foram feitas durante um encontro em Singapura este domingo.

O ministro chinês salientou noutras ocasiões que a China “está aberta à comunicação” com aos Estados Unidos e também “entre as forças militares”. Mas, para essa via aberta existir, salientou que é preciso “haver um princípio fundamental”: respeito mútuo. “Se não temos respeito mútuo, então as nossas comunicações não vão ser produtivas.”

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