O número de pessoas deslocadas no Burkina Faso aumentou para dois milhões devido à violência provocada pela Al Qaeda e pelo grupo Estado Islâmico, indicam dados do Governo.

Os últimos números divulgados revelam que mais de dois milhões de pessoas estão deslocadas internamente no Burkina Faso, a maioria das quais são mulheres e crianças.

A crise humanitária agrava-se sendo que o conflito obriga as populações a deslocarem-se das zonas agrícolas para áreas urbanas cada vez mais congestionadas ou para campos de deslocados internos improvisados e sem condições.

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Uma em cada quatro pessoas necessita de ajuda de emergência e dezenas de milhares enfrentam “níveis de fome”.

Os grupos de ajuda humanitária e o governo de Ouagadougou estão a esforçar-se para dar resposta à falta de fundos e às necessidades cada vez mais crescentes.

As Nações Unidas indicaram recentemente que não foi alcançada “nem a metade” dos 800 milhões de dólares [cerca de 743 milões de euros] de ajuda que foram solicitados internacionalmente em 2022.

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“Muitas pessoas podem morrer e estão a morrer porque não tiveram acesso a alimentos e a serviços de saúde, porque não foram devidamente protegidas e porque a assistência humanitária e a resposta do governo não foram suficientes”, disse à Associated Press Alexandra Lamarche, membro da organização humanitária Refugees International.

O ano passado, houve dois golpes de Estado: os líderes militares prometeram travar a insegurança, mas os ataques da jihad islâmica agravam-se desde que Ibrahim Traore tomou o poder em setembro de 2022.

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