O parlamento aprovou esta quarta-feira, por unanimidade uma audição ao ministro da Educação para esclarecimentos sobre as provas de aferição que, pela primeira vez, se realizam em formato digital por todos os alunos.
Os requerimentos foram aprovados pelo PSD e Iniciativa Liberal, que têm criticado a forma como as provas de aferição estão a decorrer, apontando falhas relatadas por associações de professores. Na terça-feira, os dois partidos citaram, durante o debate de atualidade com o ministro, um relatório feito pela Associação Nacional de Professores de Informática (Anpri) que apontou problemas técnicos durante a realização de provas digitais.
João Costa respondeu que o levantamento em causa “não tem adesão à realidade”, precisando que a prova de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) foi realizada por cerca de 85 mil alunos do 8.º ano e as taxas de resposta registadas são semelhantes à de anos anteriores, quando a prova era feita em papel.
Os números do Ministério indicam ainda que “63% realizaram a prova em menos tempo do que o necessário para a sua realização” e que “só 9% dos alunos” precisaram de direito a tempo extra para concluir a prova.
O relatório da Anpri referia, no entanto, que a maioria dos alunos não tinha conseguido realizar a prova no tempo estipulado devido, sobretudo, a problemas técnicos.
As provas de aferição dos 2.º, 5.º e 8.º anos estão a decorrer desde 2 de maio e este ano realizam-se, pela primeira vez, em em formato digital, estando previsto alargar a medida em 2024 às provas nacionais do 9.º ano e, em 2025, aos exames nacionais do secundário.