Os incêndios de Pedrógão Grande aconteceram há seis anos e este sábado, dia em que se assinalou a tragédia em que morreram 66 pessoas, o Governo de António Costa foi acusado de esquecer as vítimas deste incêndio. Na semana passada, o monumento de homenagem ficou concluído, mas não houve qualquer cerimónia de inauguração e, este domingo, Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, pediu desculpa pela ausência.
“Lamento muito se, de alguma forma, nós provocamos algum sentimento de abandono às vítimas e às famílias das vítimas”, disse em declarações aos jornalistas. E prometeu que será feita, “a muito breve prazo, uma cerimónia de homenagem”.
“As Infraestruturas de Portugal, que são responsáveis pela obra, alertaram os autarcas e a senhora presidente da associação que seria lançado um aviso e que estaríamos a preparar a sessão de homenagem. Eu própria falei com os presidentes de câmara de Pedrógão, de Castanheira e de Figueiró e com a senhora presidente da associação”, explicou Ana Abrunhosa. E acrescentou ter explicado “que era uma cerimónia que envolve várias entidades”.
A questão da inauguração começou a ser comentada este sábado, quando António Costa fez uma publicação no Twitter em que dizia que seriam os autarcas a decidir qual a data da cerimónia. O presidente da Câmara de Pedrógão Grande negou qualquer responsabilidade do seu executivo na escolha de uma data e o primeiro-ministro acabou por eliminar a publicação e substitui-la por outra, em que indicava que, afinal, a data seria escolhida “pela CIM”, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.
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“Acho que devia existir uma cerimónia em homenagem à memória das vítimas, mas apenas fui previamente informado pela Infraestruturas de Portugal que o monumento ia abrir ao público”, referiu o autarca.