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Apesar da rebelião lançada este fim de semana pelo líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, contra Moscovo, que terminou com a saída de Prigozhin para a Bielorrússia após negociações, o Kremlin deverá continuar a querer usar os combatentes do Grupo Wagner na guerra contra a Ucrânia.

De acordo com uma análise do think-tank americano Instituto para o Estudo da Guerra, os combatentes do Grupo Wagner já estão a regressar às suas bases, com o seu equipamento militar, o que parece indicar “que o Kremlin pretende manter, pelo menos, alguns elementos do Grupo Wagner, em vez de procurar desmobilizá-los imediatamente”.

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Ainda assim, diz o think-tank, “o futuro do comando e da estrutura organizacional do Grupo Wagner ainda são incertos”. Prigozhin foi para a Bielorrússia depois de lançar a rebelião contra o Ministério da Defesa russo, após ter visto o Kremlin aceitar as suas três condições: o caso aberto pela procuradoria-geral russa contra si vai cair, os seus combatentes que participaram na insurreição terão imunidade legal e o parlamento russo irá discutir a situação da companhia militar privada.

A discussão parlamentar sobre o Grupo Wagner já estará em curso.

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“O líder da comissão da defesa da Duma estatal, Andrei Kartapolov, anunciou no dia 25 de junho que a Duma está a trabalhar numa lei para regular as empresas militares privadas, mas enfatizou que não é necessário banir o Grupo Wagner, já que é ‘a unidade mais preparada para o combate na Rússia’”, diz o ISW.

Na mesma intervenção, o deputado russo salientou que os combatentes do Grupo Wagner estavam “a seguir ordens da sua cadeia de comando” e “não fizeram nada de repreensível”.

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Para o instituto americano, esta retórica parece indicar que Moscovo continua a depender dos combatentes do Grupo Wagner para os esforços de guerra na Ucrânia.

“Os esforços de Kartapolov para absolver os combatentes do Grupo Wagner da responsabilidade por terem participando numa rebelião armada e para os separar de Prigozhin pode indicar o desejo do governo russo de continuar a usar elementos do Grupo Wagner”, diz o ISW.

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