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O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e atual candidato às primárias do Partido Republicano para as presidenciais de 2024, Mike Pence, viajou esta quinta-feira de surpresa até à capital da Ucrânia, Kiev, onde se reunirá com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A visita, a primeira de um pré-candidato presidencial republicano ao país em guerra, ocorre dias depois de os mercenários do Grupo Wagner, liderados por Yevgeny Prigozhin, se terem sublevado contra o comando militar russo, no passado fim de semana.
O ex-“número dois” de Donald Trump durante o seu mandato presidencial (2017-2021) destacou-se pela sua firme defesa da Ucrânia perante a invasão russa, o que contrastou com algumas vozes influentes do seu partido que se opõem ao fornecimento de ajuda militar a Kiev.
Além do encontro com Zelensky, Pence pretende visitar as cidade de Bucha e Irpin, situadas nos arredores da capital ucraniana e palco de massacres perpetrados pelas tropas russas durante o período em que as controlaram.
“Ver famílias cujos lares foram literalmente bombardeados no meio de uma invasão russa desmesurada e não-provocada só reforça a minha determinação em fazer a minha parte para continuar a apelar para um forte apoio norte-americano aos nossos amigos e aliados ucranianos”, disse Pence, em declarações à estação televisiva norte-americana NBC.
Por sua vez, o principal conselheiro da Presidência da Ucrânia, Mikhailo Podoliak, assegurou que o ex-vice-presidente Pence “entende de forma totalmente clara o que é a Rússia”.
“Entende profundamente a Rússia e compreende a natureza deste conflito”, sublinhou.
Pence, que aspira a ser o candidato republicano às eleições presidenciais norte-americanas de novembro de 2024, demonstra, com esta viagem, o seu futuro apoio à Ucrânia em caso de obter os votos dos cidadãos norte-americanos.
Contra ele, nas primárias do Partido Republicano, destaca-se o próprio Trump que, durante o seu mandato, manteve boas relações com o Presidente russo, Vladimir Putin, e garantiu ser capaz de acabar com a guerra apenas telefonando aos líderes da Rússia e da Ucrânia.