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Terceiro passageiro do carro de Nahel conta a sua versão da história: "Eu vi-o a morrer, ele estava a tremer"

Este artigo tem mais de 1 ano

Jovem afirma que foram os golpes da polícia que fizeram com que Nahel tirasse o pé do travão do carro. Como o automóvel era automático, isso terá levado o carro a avançar.

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“Vou contar-te a história de A a Z”, começa por disser a testemunha, argumentando que há muitas falsidades a circular

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“Vou contar-te a história de A a Z”, começa por disser a testemunha, argumentando que há muitas falsidades a circular

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Para “repor a verdade”, o terceiro passageiro do carro de Nahel publicou um vídeo onde conta a sua versão dos acontecimentos que levaram à morte do jovem de 17 anos. O vídeo apareceu nas redes sociais e a BFM TV, órgão de comunicação social francês, autenticou-o. A versão das autoridades é de que o jovem, abatido a tiro pela polícia, não parou numa operação STOP. Desde terça-feira, dia em que Nahel morreu, várias cidades francesas têm sido palco de manifestações e confrontos com a polícia. Na quarta noite de violência foram detidas mais de 1.300 pessoas.

“Vou contar-te a história de A a Z”, começa por dizer a testemunha, argumentando que há muitas falsidades a circular. Os três rapazes, conta, encontraram-se na terça-feira e entraram num Mercedes que lhes tinha sido emprestado.

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1300 pessoas detidas na quarta noite de violência em França

“Decidimos dar uma volta por Nanterre. Depois de alguns minutos, estávamos na faixa de autocarro da Avenida Joliot Curie. Estávamos a conduzir quando vi os polícias que começaram a seguir-nos”, diz a testemunha que irá prestar depoimento na segunda-feira.

Segundo o jovem, o automóvel parou quando foi solicitado e o primeiro agente mandou Nahel descer a janela. “Ele disse: desliga o motor ou disparo.” Nessa altura, o primeiro agente aponta a arma à têmpora de Nahel e diz-lhe “não te mexas ou disparo na tua cabeça”, enquanto o segundo agente respondia “dispara”.

“O primeiro agente bate-lhe com a coronha”, continua o jovem que afirma que foram os golpes da polícia que fizeram com que Nahel tirasse o pé do travão do carro. Como o automóvel era automático, isso terá levado o carro a avançar.

Protestos violentos em França. Seis perguntas (e respostas) sobre a revolta que começou com a morte de um jovem baleado pela polícia

“O segundo agente atirou. De repente, o pé dele pisou no acelerador. Eu vi-o a morrer, ele estava a tremer. Batemos numa barreira”, continua a testemunha, que diz ter fugido do carro, com medo de ser atingido também por um tiro.

O outro jovem que se encontrava no automóvel foi detido.

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