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Podia ter ficado em casa, tinha todas as razões para isso, mas não quis. Preferiu voltar para a guerra, mesmo com uma prótese em vez de uma perna. Mykolai Rusetskyi, soldado ucraniano, deixou-se fotografar recentemente, e não foi numa cama de hospital ou num banco de jardim. “Molot” (que significa martelo), como também é conhecido, estava sentado numa trincheira, dentro de um camuflado na linha da frente, quando a câmara de um fotógrafo da Associated Press o viu.
????????Ukrainian soldier, code name Molot (hammer), who lost his leg in a battle with the Russian troops and came back to the frontline with the prosthetic leg, sits in a trench on the frontline in the Zaporizhzhia region.
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— The Telegraph (@Telegraph) July 3, 2023
“Molot” voltou à guerra mas não para uma unidade de assalto, como aquela onde estava, a 79ª, quando, numa missão de combate, pisou numa mina russa preparada para detetar passos e destruir tudo no seu raio de ação, conta o Telegraph. Foi no verão passado, no sul de Zaporíjia e não foi o seu primeiro drama desse período: um mês antes a mãe tinha morrido, na sequência de um ataque com mísseis russos. Na explosão, perdeu o pé esquerdo, depois viria a ficar sem a perna. Agora, está a desenvolver ações de combate numa unidade da polícia ucraniana. Não na retaguarda em Kiev, mas lá à frente, onde tudo se arrisca, na contraofensiva ucraniana.
Para trás ficaram meses de recuperação. Primeiro aprendeu a andar com muletas, depois com a prótese. Assim que se sentiu capaz, “Molot”, que é de Mikolaiv, não hesitou em regressar às fileiras que tentam recuperar terreno conquistado pelos russos: “Vou deixar a tristeza e o luto para depois! E agora só Vitória”, escreveu na sua rede social, citada pelo jornal britânico Telegraph.