A Koenigsegg é a prova de que, por vezes, os grandes avanços tecnológicos se conseguem encontrar junto dos fabricantes de automóveis mais pequenos e com menos recursos. O mais recente modelo criado pela equipa dirigida por Christian von Koenigsegg, o fundador da marca sueca, é disso um excelente exemplo, uma vez que se trata de uma berlina com quatro lugares e mecânica híbrida plug-in em que o motor de combustão sobrealimentado é mínimo, por possuir apenas três cilindros. Contudo, debita 600 cv que, juntamente com os três motores eléctricos de fluxo axial, eleva a potência total para 1727 cv, conseguindo ainda percorrer até 50 km em modo 100% eléctrico.
Mas a Koenigsegg queria ir mais longe, pois sabia que 1727 cv poderiam não ser suficientes para alguns dos seus clientes. Daí que tenha preparado uma versão mais potente do Gemera, em que o motor 2.0 biturbo com somente três cilindros, com 600 cv e 600 Nm, cede o seu lugar ao V8 biturbo com 5065 cc que a marca monta no Jesko. Com a troca, a potência subiu de 600 cv para 1298 cv, enquanto o binário disparou de 600 Nm para 1500 Nm.
Com o V8 a gasolina, aliado como sempre aos três motores eléctricos alimentados pela bateria do sistema PHEV, esta versão apimentada do Gemera atinge uma potência total de 2332 cv. A capacidade de aceleração deverá igualmente dar um salto em frente, proporcional ao incremento da potência, mas ainda não foi anunciada. De notar que o Gemera com o motor de três cilindros já era capaz de chegar aos 400 km/h, depois de ultrapassar os 100 km/h ao fim de apenas 1,9 segundos. E tudo isto pelo preço de 1 milhão de euros, antes de taxas.