A oposição em Israel pediu este domingo ao Governo para não reprimir as manifestações convocadas para terça-feira contra a reforma judicial, enquanto o Presidente israelita, Isaac Herzog, considerou que é alcançável um acordo entre as duas partes.
O ex-primeiro-ministro e líder da oposição, Yair Lapid, instou o chefe da polícia de Israel, Kobi Shabtai, a “respeitar os cidadãos e os protestos democráticos e a usar a força apenas em casos excecionais”.
“Somos um país democrático e o protesto é uma pedra angular da democracia”, escreveu Lapid na rede social Twitter.
A controversa reforma judicial impulsionada pelo Governo pretende conceder-lhe mais poder em detrimento da Justiça e deu origem a um histórico movimento de protesto, com os que contestam a iniciativa a considerarem que vai debilitar a democracia e os direitos individuais e terá graves consequências económicas.
Para terça-feira foram convocadas manifestações em diferentes cidades do país, com Telavive como epicentro. Espera-se que haja cortes de estradas e concentrações no aeroporto Ben Gurion e também em frente à residência oficial do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netayahu, em Jerusalém.
Várias empresas anunciaram uma paralisação na terça-feira, quando se intensificam os apelos para outra greve geral.
Numa tentativa de acalmar os ânimos, o presidente Herzog assegurou que “é possível alcançar um acordo” sobre a reforma judicial e defendeu o diálogo.