O primeiro-ministro rejeitou esta segunda-feira a ideia de que a adesão da Ucrânia à NATO esteja apenas dependente do fim da guerra, advogando que também têm de ser assegurados critérios políticos e económicos para o processo avançar.
“Não é uma questão de tempo, é das condições efetivas”, sustentou António Costa, em declarações aos jornalistas no final de uma visita a um destacamento de militares portugueses na Base Aérea de Siauliai, a 200 quilómetros de Vílnius, capital da Lituânia.
O primeiro-ministro considerou que todos os Estados-membros ainda têm de “respeitar o princípio” de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) “é uma aliança de portas abertas” e que a Ucrânia tem “toda a legitimidade” para um dia integrá-la, “quando as condições adequadas estiverem reunidas“.
“São condições diversas, condições de natureza militar, de natureza política, condições de natureza económica, da mesma forma que, em paralelo, se discute qual é a grau de participação da Ucrânia na União Europeia”, acrescentou António Costa, ladeado pela ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras.
A posição de Portugal é semelhante à de países como os Estados Unidos da América, França ou a Alemanha, que são mais cautelosos quanto à adesão à NATO do que, por exemplo, a Polónia e a Lituânia, que querem uma adesão mais célere.
O primeiro-ministro afirmou que para haver uma discussão concreta sobre a adesão da Ucrânia, o conflito no seu território tem de acabar. E mesmo aí, têm de estar assegurados outros critérios que são requeridos a todos Estados-membros: “As circunstâncias políticas determinarão que essa adesão seja muito mais rápida do que se podia imaginar.”