Os líderes dos dois maiores partidos espanhóis e candidatos ao cargo de primeiro-ministro nas eleições de 23 de julho, Pedro Sánchez e Alberto Núñez Feijóo, enfrentam-se segunda-feira no único debate cara a cara da campanha eleitoral.

O líder do Partido Socialista (PSOE), Pedro Sánchez, recandidata-se ao cargo de primeiro-ministro, que assumiu pela primeira vez em 2018, mas chega a estas eleições em desvantagem nas sondagens publicadas até agora, que lhe dão todas o segundo lugar.

À frente nos estudos eleitorais está o Partido Popular (PP, direita), com uma diferença para o PSOE de entre duas décimas e sete pontos percentuais.

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As sondagens coincidem em que o PP, liderado por Feijóo, será o mais votado mas sem maioria absoluta, que poderá conseguir se fizer uma coligação pós-eleitoral com o VOX, um partido de extrema-direita.

Mas há também sondagens, embora em menor número, que não dão possibilidade de maioria absoluta nem à esquerda nem à direita, deixando de novo a chave do governo em partidos mais pequenos de âmbito regional, incluindo independentistas catalães e bascos, que viabilizaram o atual executivo liderado por Pedro Sánchez, uma coligação do PSOE com a plataforma de extrema-esquerda Unidas Podemos.

As eleições legislativas nacionais espanholas estavam previstas para dezembro, no final da legislatura, mas Sánchez antecipou-as para 23 de julho após a derrota da esquerda nas locais e regionais de 28 de maio passado.

Em desvantagem nas sondagens e no rescaldo da derrota eleitoral de maio, Sánchez propôs ao líder da oposição, Feijóo, seis debates entre os dois, em canais de televisão, durante a pré-campanha e a campanha eleitoral.

Feijóo aceitou apenas um, o que se realiza esta segunda-feira à noite e que será transmitido pelos canais de televisão do grupo privado de comunicação social Atresmedia.

O debate, por ser único e pela aproximação entre os dois partidos nas sondagens nos últimos dias, está a ser visto como um dos momentos chave da campanha eleitoral.

Sánchez teve o último ato público de campanha na sexta-feira ao final da manhã e os seus assessores revelaram que dedicaria os dias seguintes a preparar o debate, a par de encontros internacionais em que brevemente, em plena campanha, terá de participar como primeiro-ministro (uma cimeira em Bruxelas da União Europeia com a América Latina e outra da NATO).

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Feijóo questionou se Sánchez precisa de tanto tempo para preparar o debate desta segunda-feira”por não ter facilidade em explicar o inexplicável” da sua gestão no governo.

Uma das jornalistas que vai moderar o debate, Ana Pastor, sintetizou assim o que vai acontecer esta segunda-feira em Espanha: “É uma noite de Champions para a política”.