Uma Terra, cujo clima está a aquecer, registou o seu junho mais quente desde que há registo, superando a marca anterior em 0,13 graus Celsius (º.C) com os oceanos a registarem temperaturas recorde pelo terceiro mês consecutivo. O anúncio foi feito na quinta pela agência norte-americana para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês).

Europa prepara-se para um “julho sufocante”. Temperaturas em Espanha atingiram 60 graus no solo

Os 16,55 º.C de média global verificados em junho estiveram 1,05 º.C acima da média do século XX. Esta foi a primeira vez que uma média mensal superou em mais de um grau centígrado a temperatura normal, apontou a NOAA.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Outros sistemas de monitorização do clima, como o da NASA, o Berkeley Earth e o europeu Copernicus, já tinham apontado que junho último tinha sido o mais quente desde que há registo, mas a NOAA é considerada o padrão dos registos, com dados que remontam a 1850.

Onda de calor atinge Europa mas Portugal fica de fora. Itália pode bater recordes de temperatura

O aumento no último mês de junho é “um considerável grande salto”, porque normalmente os registos mensais globais têm uma base de recolha de informação tão alargada que permitem detetar variações de centésimos de grau, e não apenas de décimas, salientou o cientista climático do NNOAA, Ahira Sanchez-Lugo.

Primeira semana de julho foi a mais quente desde que há registo

“O recente registo de temperaturas, bem como os incêndios extremos, a poluição e as inundações que estamos a ver este ano são os que esperamos ver em um clima quente”, apontou a cientista climática Natalie Mahowald, da Universidade de Cornell. “Estamos apenas a ter uma pequena amostra do tipo de impactos que são esperados com as alterações climáticas“, reforçou.