Desde o início da semana que a Europa tem vivido uma vaga de calor proveniente do norte de África, levando os termómetros de vários países a ultrapassarem os 40 graus. Esta sexta-feira, as altas temperaturas obrigaram ao encerramento da Acrópole de Atenas, na Grécia.
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De forma a proteger os seus trabalhadores e visitantes durante as horas de maior calor, o monumento, que é Património Mundial da UNESCO e o mais visitado da Grécia, foi encerrado entre as 12h00 e as 17h00. O horário habitual é das 8h00 às 20h00. De acordo com a ministra da Cultura e do Desporto grega, Lina Mendoni, a medida pode ser prolongada para este sábado.
Embora sejam esperadas temperaturas de 40 a 41 graus celsius em Atenas, “a temperatura real sentida […] pelo corpo é consideravelmente mais elevada” no topo da Acrópole, segundo a ministra.
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Face ao calor, antes do fecho, a Cruz Vermelha distribuiu garrafas de água pelas pessoas que se encontravam na fila à espera para entrar no monumento. Segundo a coordenadora da Cruz Vermelha, os paramédicos presentes prestaram primeiros socorros a alguns turistas que apresentavam sintomas de desidratação e desmaios.
“Hoje tivemos muitos incidentes, pessoas que desmaiaram ou sentiram tonturas porque não se cuidaram muito bem, não usaram chapéus, o que é muito importante. Nestes dias não devemos sair sem chapéu e, claro, temos de beber muitos sumos e água”, explicou uma voluntária, citada na Euronews.
Também na quinta-feira, a instituição foi colocada no sopé da Acrópole para distribuir “pelo menos 30.000 garrafas de água de 50 centilitros por dia” para ajudar os turistas.
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”Depois do fecho das portas da Acrópole, muitos turistas refugiaram-se nos restaurantes das redondezas, à procura de uma bebida para se refrescarem e de algo para comer”, avançou a Euronews.
As altas temperaturas levaram o Ministério da Proteção Civil grego a alertar para o risco de incêndios florestais em cinco zonas, aconselhando as pessoas a evitarem fazer queimadas. Já os médicos, de acordo com a Reuters, alertaram para o facto de os idosos mais pobres e com problemas de saúde serem os que correm maior riscos.
Já do outro lado do globo, o sul dos Estados Unidos está sob uma forte onda de calor, em que dezenas de milhões de norte-americanos, da Califórnia ao Texas, se debateram sexta-feira com temperaturas perigosamente elevadas, que também deverão atingir o pico durante o fim de semana.
Phoenix, a capital do Arizona, registou sexta-feira o 15.º dia consecutivo com mais de 43 graus, de acordo com o serviço meteorológico dos EUA (NWS).
No famoso “Death Valley” (“Vale da Morte”, em português) da Califórnia, um dos lugares mais quentes e secos do planeta, as temperaturas podem ultrapassar os 54 graus celsius durante este fim de semana. Apesar dos sinais de “calor extremo” que desaconselham as pessoas a visitar o parque depois das 10h00, os turistas continuam a aventurar-se. No entanto, nesta a altura do ano, a maioria faz apenas uma curta visita.
Como recorda o The Guardian, a temperatura mais quente alguma vez registada no Vale da Morte foi de 56,6 graus em julho de 1913, de acordo com os serviços do parque. O recorde moderno foi estabelecido em 2021 quando o parque atingiu 54,4 graus.