Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

A Rússia prometia uma resposta ao ataque ucraniano, esta segunda-feira, à ponte de Kerch e a retaliação não se fez esperar. Na madrugada desta terça-feira, as forças russas lançaram seis mísseis Kalibr e mais de 30 drones Shahed, de fabrico iraniano, em direção às cidades portuária de Odessa e Mikolaiv, no sul da Ucrânia, no que o Ministério da Defesa russo reconheceu, em comunicado, ter-se tratado de um “ataque de vingança em larga escala” na sequência do ataque ucraniano à ponte de Kerch, que liga a Crimeia à Rússia.

A Rússia garante que atingiu todos os alvos pretendidos, alguns dos quais infraestruturas onde, diz, “atos terroristas contra a Rússia estavam ser preparados usando barcos sem tripulação”. O Ministério da Defesa, liderado por Sergei Shoigu, diz ter destruído, com recurso a “armas de precisão” (os mísseis Kalibr, lançados a partir do mar Negro) uma fábrica de reparação naval perto de Odessa, onde, garante, estavam a ser construídos esses barcos.

“Além disso, instalações de armazenamento que continham cerca de 70 mil toneladas de combustível usadas para fornecer o equipamento militar ucraniano foram destruídas” perto das cidades de Mykolaiv e Odessa, avança a Rússia.

Já a Ucrânia garante que ter abatido todos os mísseis e a maioria dos drones iranianos (31 dos 36 lançados pela Rússia). Mas, como se sabe, a destruição de um míssil no ar, por parte das defesas anti-aéreas, não elimina o perigo. Os destroços dos drones e mísseis intercetados danificaram “infraestruturas portuárias e várias casas” e um idoso, que se encontrava dentro de casa, ficou ferido e foi hospitalizado. No porto de Mykolaiv, uma instalação industrial foi atingida, tendo deflagrado um incêndio que foi extinto sem causar vítimas.

O ataque russo às zonas portuárias de Odessa e Mykolaiv acontece escassas horas depois de a Rússia ter posto fim ao acordo dos cereais, que garantiu, durante meses, o escoamento das colheitas ucraninas através do mar negro, até à Turquia. O TQ Samsun, o último navio a deixar a Ucrânia carregado com cereais antes de a Rússia se recusar a prolongar o acordo, chegou na noite desta segunda-feira a Istambul.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR