Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia, este liveblog onde acompanhámos em direto o que de mais relevante se passou no conflito na Ucrânia fica por aqui. Pode continuar a seguir neste novo liveblog os acontecimentos do 511.º dia da invasão russa.

  • Ponto de situação da guerra na Ucrânia

    Passaram-se 510 dias desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Aqui fica o ponto da situação das últimas horas:

    O que aconteceu durante a noite?

    • Depois da explosão em junho, a central hidroelétrica de Kakhovka vai ser reconstruída. O anúncio foi feito pelo governo ucraniano e deverá levar dois anos. Segundo o primeiro-ministro Denys Shmyhal, esta é uma decisão importante para a agricultura e para a economia do país.

    • O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano rejeitou na ONU os apelos a uma “paz abstrata” feitos por diversos países e comentadores, considerando que estes pretendem sobretudo favorecer a Rússia. “Continuamos a ouvir alguns apelos a uma paz abstrata, mas a maioria não pretende de facto dizer paz, antes outra coisa”, disse Dmytro Kuleba.
    • Durante a tarde, os líderes da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) condenaram, com exceção da Nicarágua, a guerra da Ucrânia sem mencionar a Rússia, após vários dias de divergências sobre a declaração final.
    • A Arábia Saudita e a Turquia estão a mediar negociações entre Kiev e Moscovo, com o objetivo de repatriar crianças ucranianas levadas para a Rússia, avança o Financial Times. Ucrânia e Rússia recusam falar entre si e todo o processo de negociação — que dura há vários meses — tem de passar por mediadores.

    • Depois de Putin, o Presidente da Bielorrússia pode estar na mira do Tribunal Penal Internacional (TPI). O Parlamento Europeu apelou esta terça-feira ao TPI para emitir um mandado de prisão contra Alexander Lukashenko.

    • O Kremlin vai tentar que a reeleição do Presidente russo, Vladimir Putin, aconteça com mais de 80% dos votos nas eleições previstas para março de 2024, avançou hoje o portal de notícias independente Meduza, citando fontes oficiais.
    • A Polónia decidiu aumentar a defesa na sua fronteira com a Bielorrússia, devido à presença do Grupo Wagner no país vizinho. Segundo a imprensa russa, o ministro da defesa polaco, foram enviados dois batalhões de militares e mais equipamento militar para a região.

    • O Presidente da Ucrânia lembrou que no ano passado apenas foi possível “evitar uma crise de preços no mercado global de alimentos” devido à existência do acordo sobre os cereais. Por essa razão, Volodymyr Zelensky revelou que está a levar a cabo ações para preservar o “papel global da Ucrânia” como um “garante da segurança alimentar”.

  • Acordo sobre cereais. Ucrânia procura soluções para ser um "garante da segurança alimentar"

    O Presidente da Ucrânia voltou a falar sobre o facto de o acordo de exportação de cereais ter sido suspenso pela Rússia e lembrou que no ano passado apenas foi possível “evitar uma crise de preços no mercado global de alimentos” devido à existência desse mesmo acordo.

    Por essa razão, Volodymyr Zelensky revelou que está a levar a cabo ações para preservar o “papel global da Ucrânia” como um “garante da segurança alimentar por considerar que dar continuidade às exportações de alimentos por via marítima é uma questão “estrategicamente importante” e não só para o país.

    Sem as exportações da Ucrânia, o défice no mercado global será, infelizmente, muito tangível. E não apenas para os países mais pobres. Diferentes países sentirão isso, desde a Líbia ao Egito e até Bangladesh e China“, afirmou, acusando Moscovo de “provocar” crises políticas e migratórias.

  • Polónia aumenta defesa na fronteira com a Bielorrússia

    A Polónia decidiu aumentar a defesa na sua fronteira com a Bielorrússia, devido à presença do Grupo Wagner no país vizinho.

    Segundo a imprensa russa, que cita Mariusz Blaszczak, ministro da defesa polaco, foram enviados dois batalhões de militares e mais equipamento militar para a região.

    “Fortalecemos o Leste do país através da redistribuição de unidades militares que estavam no oeste e através do envio de equipamentos”, disse o ministro, frisando que as tropas já estão no local.

  • Crianças levadas para a Rússia. Abramovich é um dos mediadores das negociações secretas que decorrem há meses

    Arábia Saudita e Turquia estão a mediar negociações entre Kiev e Moscovo, com o objetivo de repatriar crianças ucranianas levadas para a Rússia. Antigo dono do Chelsea está envolvido.

    Leia mais aqui.

    Crianças levadas para a Rússia. Abramovich é um dos mediadores das negociações secretas que decorrem há meses

  • Kremlin quer que Putin seja reeleito com mais de 80% dos votos em 2024

    O Kremlin vai tentar que a reeleição do Presidente russo, Vladimir Putin, aconteça com mais de 80% dos votos nas eleições previstas para março de 2024, avançou hoje o portal de notícias independente Meduza, citando fontes oficiais.

    “O objetivo que nos colocaram é simples: conseguir mais de 80% dos votos nas eleições presidenciais”, disse um alto funcionário regional.

    O melhor resultado eleitoral alcançado por Putin foi de 76,69% dos votos, em 2012, quando do seu regresso ao Kremlin (Presidência russa), após quatro anos como primeiro-ministro.

  • Ucrânia. Governo da Madeira admite prolongar reserva de cereais

    O secretário regional da Economia da Madeira, Rui Barreto, admitiu hoje prolongar a reserva de cereais da região na sequência da suspensão, pela Rússia, do acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro a partir de portos ucranianos.

    O Governo da Madeira estabeleceu no ano passado um contrato com a sociedade Silomad, por um ano, para a criação de uma reserva de cereais.

    Hoje, em declarações aos jornalistas à margem das comemorações do Dia do Porto do Funchal, o governante assegurou que o executivo insular (PSD/CDS-PP) está atento à situação e admitiu que poderá renovar o contrato, que termina em setembro, e manter a reserva de cereais.

  • Parlamento Europeu pede mandado de detenção para Lukashenko

    Depois de Putin, o Presidente da Bielorrússia pode estar na mira do Tribunal Penal Internacional (TPI). O Parlamento Europeu apelou esta terça-feira ao TPI para emitir um mandado de prisão contra Alexander Lukashenko.

    “Uma vez que o Tribunal Penal Internacional já emitiu mandados de prisão para o presidente russo Vladimir Putin e para a comissária russa para os direitos das crianças, Maria Lvova-Belova, os eurodeputados pedem ao TPI que considere um mandado de prisão semelhante para Alexander Lukashenko”, lê-se no comunicado.

    Os motivos? “A Bielorrússia é responsável pelos danos causados ​​e crimes cometidos na Ucrânia, inclusive através do papel do regime nas transferências ilegais de crianças.”

  • Crianças levadas para a Rússia. Arábia Saudita e Turquia estão a mediar negociações secretas há meses

    Arábia Saudita e Turquia estão a mediar negociações entre Kiev e Moscovo, com o objetivo de repatriar crianças ucranianas levadas para a Rússia, avança o Financial Times.

    No final de abril, o Papa Francisco falou na existência de um grupo secreto que estaria a tratar deste assunto, no qual o Vaticano também estava envolvido.

    Segundo o FT, Ucrânia e Rússia recusam falar entre si e todo o processo de negociação — que dura há vários meses — tem de passar por mediadores. Os dois países estarão já a criar uma lista com os nomes das crianças que foram entregues a famílias russas ou a instituições.

  • Líderes europeus e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos condenam guerra da Ucrânia sem mencionar Rússia

    Os líderes da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) condenaram hoje, com exceção da Nicarágua, a guerra da Ucrânia sem mencionar a Rússia, após vários dias de divergências sobre a declaração final.

    “Manifestamos a nossa profunda preocupação com a guerra em curso contra a Ucrânia, que continua a causar imenso sofrimento humano e está a agravar as fragilidades existentes na economia mundial, restringindo o crescimento, aumentando a inflação, perturbando as cadeias de abastecimento, aumentando a insegurança energética e alimentar e elevando os riscos para a estabilidade financeira”, indicam os mais de 50 chefes de Governo e de Estado na declaração final da cimeira UE-CELAC, que decorreu em Bruxelas.

    Esta posição foi “aprovada por todos os países, com uma exceção devido ao seu desacordo com um parágrafo”, segundo a informação colocada no final do documento, numa alusão à oposição da Nicarágua a esta posição sobre a guerra da Ucrânia.

  • Ucrânia rejeita “paz abstrata” que permita imposição da Rússia

    O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, rejeitou hoje na ONU os apelos a uma “paz abstrata” feitos por diversos países e comentadores, considerando que estes pretendem sobretudo favorecer a Rússia.

    “Continuamos a ouvir alguns apelos a uma paz abstrata, mas a maioria não pretende de facto dizer paz, antes outra coisa”, disse Kuleba num discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, reunida para discutir a situação na Ucrânia.

    Segundo o ministro, quando alguém pede a Kiev para se sentar à mesa das negociações e pôr termo à guerra, “o que realmente estão a dizer é que seja permitido à Rússia manter a terra que roubou e continuar a matar, torturar, violar e intimidar as pessoas dos territórios ocupados”.

  • Central hidroelétrica de Kakhovka vai ser reconstruída

    É um projeto que irá levar dois anos, anunciou o Governo ucraniano: depois da explosão da barragem de Nova Kakhovka, em junho, há luz verde para avançar para a reconstrução da central hidroelétrica.

    Segundo o primeiro-ministro Denys Shmyhal, esta é uma decisão importante para a agricultura e para a economia do país. A decisão foi tomado em reunião do conselho de ministros ucranianos.

    “O projeto vai durar dois anos. Na primeira fase, serão projetadas todas as estruturas de engenharia e preparadas as bases necessárias para a reconstrução”, explicou Shmyhal. A segunda fase, que envolve a construção em si, só começará depois da libertação dos territórios ocupados daquela região da Ucrânia.

  • Presidente Ramaphosa: prender Putin na África do Sul "seria uma declaração de guerra à Rússia"

    “A Rússia deixou claro que prender o seu Presidente seria uma declaração de guerra.” As palavras são de Cyril Ramaphosa, Presidente sul-africano, e estão escritas num documento judicial, divulgado pela imprensa.

    Na África do Sul, o principal partido da oposição, a Aliança Democrática, quer obrigar o Governo a deter Vladimir Putin se ele visitar o país. Em causa, está o mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional, do qual o país é signatário.

    Putin é convidado para a cimeira do BRICS de julho, em Joanesburgo. Se o Presidente russo comparecer pode ser detido ao abrigo do mandado do TPI.

    Ramaphosa considerou o pedido de deter Putin “irresponsável” e afirmou que a segurança nacional está em jogo.

  • Ponto da situação

    Passaram-se 510 dias desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Aqui fica o ponto da situação das últimas horas,

    O que aconteceu durante a tarde?

    • Há dois ou três anos, ninguém pensava que Kherson e Zaporíjia seriam parte da Federação Russa, disse o general russo Vladimir Dzhabarov. Pegando nesse exemplo, e citado pela agência estatal Ria Novosti, o general defende que as regiões de Odessa e Nikolaev também querem fazer parte da Rússia. Num referendo ganharia o “sim”, defendeu.
    • Primeiro foram enviados jet skis, depois, drones. Segundo escreve o jornal russo Kommersant, que cita fontes anónimas, o ataque de segunda-feira à ponte de Kerch foi feito em dois momentos diferentes.
    • Rússia aumenta a idade limite para mobilização de militares. O aumento é de cinco anos, segundo a nova legislação aprovada pelo parlamento russo nesta terça-feira. Assim, para patentes mais altas, significa poder ser mobilizado até aos 70 anos, ao invés dos 65 atuais.
    • Durão Barroso diz que suspensão de acordo dos cereais “é gravíssima” e deve ser corrigida.
    • Apesar de ter bombardeado dois portos no sul da Ucrânia, em Odessa e Mikolayv, a Rússia ainda “está a preparar” outras ações de retaliação ao ataque ucraniano à ponte da Crimeia, referiu Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
    • Moscovo está disponível para fornecer gratuitamente cereais a países africanos, reiterou o Kremlin, após a suspensão da iniciativa do Mar Negro para a exportação de cereais ucranianos.

    Rússia reitera que está disponível para fornecer gratuitamente cereais a países africanos

    O que aconteceu durante a manhã e a madrugada?

    • A ponte de Kerch não vai retomar o normal funcionamento até novembro, revelou o vice-primeiro-ministro russo Marat Khusnullin. O plano é abrir um lado da ponte para o tráfego bidirecional até 15 de setembro e o outro lado em novembro.
    • Associação dos Ucranianos em Portugal queixa-se a Bruxelas da ligação do Alto Comissariado para as Migrações a agências pró-russas, acusando o ACM de continuar a ter forte apoio por parte das “fundações e agências de propaganda russa”
    • Rússia admite ter lançado “ataque de vingança em larga escala” no sul da Ucrânia. Segundo o Ministério da Defesa russo, foram conduzidos vários ataques contra as cidades portuárias de Odessa e Mykolaiv.

    Rússia lançou “ataque de vingança em larga escala” em retaliação pelo ataque ucraniano à ponte de Kerch

    • A Ucrânia garantiu ter abatido os seis mísseis Kalibr lançados pela Rússia, bem como 31 dos 36 drones Shahed dirigidos ao sul do país.
    • As tropas russas que controlam a cidade de Bakhmut, no norte da região de Donetsk, podem estar “fragilizadas”, diz o Ministério da Defesa do Reino Unido. Ainda assim, o exército russo continua, por agora, a controlar Bakhmut.
    • Na frente leste da guerra, a Ucrânia admite uma “situação complicada”, sobretudo no nordeste da região de Kharkiv, com a Rússia a concentrar tropas na direção da cidade de Kupiansk.
    • TQ Samsun, o último navio a deixar a Ucrânia carregado com cereais antes de a Rússia se recusar a prolongar o acordo que permitia a exportação através o Mar Negro, chegou esta noite a Istambul, na Turquia.
    • Moscovo diz que impediu um novo ataque ucraniano com 28 drones na Crimeia. As forças aéreas russas dizem ter destruído 17 drones e intercetado outros 11, disse o Ministério da Defesa, acrescentando que “o ataque terrorista” não causou vítimas ou danos.
    • Se a Rússia diz que impediu ataques na Crimeia, a Ucrânia diz que fez o mesmo com “várias vagas” de drones russos no sul do seu território, durante a noite.

  • "Ataques de vingança já não têm o mesmo efeito"

    “A Ucrânia já está mais preparada para responder a retaliações”. Na análise aos últimos avanços da guerra na Ucrânia, o Major-General Arnaut Moreira destaca a importância do “fator tempo”.

    Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    “Ataques de vingança já não têm o mesmo efeito”

  • General russo acredita que Odessa e Nikolaev querem fazer parte da Rússia e num referendo o "sim" ganharia

    Há dois ou três anos, ninguém pensava que Kherson e Zaporíjia seriam parte da Federação Russa, disse o general russo Vladimir Dzhabarov. Pegando nesse exemplo, e citado pela agência estatal Ria Novosti, o general defende que as regiões de Odessa e Nikolaev também querem fazer parte da Rússia.

    Num referendo ganharia o “sim”, defendeu. Kherson e Zaporíjia são duas regiões ucranianas controladas pelos russos onde foram feitos referendos, não reconhecidos pela comunidade internacional, em que ganhou a decisão de unir os territórios à Federaçõ Russa.

  • Jet skis e drones foram usados para atacar ponte de Kerch, diz jornal russo

    Primeiro foram enviados jet skis, depois, drones. Segundo escreve o jornal russo Kommersant, que cita fontes anónimas, o ataque de segunda-feira à ponte de Kerch foi feito em dois momentos diferentes.

    “Primeiro, foram enviados jet skis com controle remoto e explosivos, que foram descobertos e abatidos pelos defensores da ponte”, escreve o jornal. De seguida, “veículos de combate regulares mais avançados, e não veículos improvisados” causaram a explosão na ponte.

  • Rússia aumenta a idade limite para mobilização de soldados

    O aumento é de cinco anos, segundo a nova legislação aprovada pelo parlamento russo nesta terça-feira. Assim, daqui para a frente, a Rússia poderá mobilizar homens mais velhos do que estava previsto. Para as patentes mais altas, isto significa que podem ser chamados até aos 70 anos, ao invés dos 65 atuais.

    Segundo a imprensa russa, quem já tenha cumprido o serviço militar obrigatório pode ser chamado a ingressar as forças militares até aos 40, 50 ou 55 anos, consoante a categoria que detenha.

    Em setembro de 2022, a Rússia anunciou a mobilização de 300 mil homens para fazer face às necessidades do exército.

  • Odessa. Idoso ferido após ataque

    É uma consequência da “retaliação”. Ucrânia afirma que idoso foi “esmagado” por um fragmento de míssil, tendo sido hospitalizado. Ainda a conversa entre Zelensky e Guterres sobre o acordo de cereais.

    Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

    Odessa. Idoso ferido após ataque

  • Rússia realiza "ataques de retaliação" contra Kiev

    Depois das explosões na ponte da Crimeia, a Rússia confirma que atacou várias infraestruturas da Ucrânia. Ainda o acordo de cereais: países da UE agiram “descaradamente”, diz o Kremlin.

    Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

    Rússia realiza “ataques de retaliação” contra Kiev

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