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Um pouco por todo o mundo, fãs de cinema têm aguardado com expectativa a semana de “Barbenheimer”. O nome é uma junção de duas das estreias mais aguardadas do ano: “Oppenheimer”, de Christopher Nolan, e “Barbie”, de Greta Gerwig.
Dois filmes completamente diferentes que, ironia das ironias, têm estreia marcada para o mesmo dia (em Portugal foi já esta quinta-feira), dando azo a uma rivalidade saudável entre os fãs de Nolan e da boneca da Mattel (a ocasião teve até direito a um desafio viral, que consistia em ver ambas as obras no mesmo dia). A febre de “Barbenheimer” é de tal ordem que nem uma guerra a pode parar. Que o diga a Ucrânia que, nas suas redes sociais, assinalou o “evento” com alguma piada (e um recado aos aliados internacionais) à mistura.
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No Twitter, a conta oficial do Estado ucraniano partilhou uma foto de uma Barbie com um vestido em tons militares, desejando a todos um “Feliz ‘Barbenheimer'” — antes de acrescentar que, na Ucrânia, a data é conhecida como “Barbenhimars”, numa referência bem humorada que substitui o filme de Nolan pelo sistema de mísseis de longo alcance Himars.
Happy Barbenheimer (also known as Barbenhimars in Ukraine) pic.twitter.com/nJse6LlKoz
— Ukraine / Україна (@Ukraine) July 21, 2023
Mas a troca de galhardetes sobre os dois filmes não se ficou por aqui. Na resposta ao tweet original, a conta oficial da cidade de Kiev aproveitou para deixar um pedido:
Podemos receber algumas coisinhas do outro filme, por favor? Estamos a falar dos chapéus super estilosos, claro”.
“Oppenheimer” — o “outro filme” em questão — é um drama sobre a vida do criador da bomba atómica e conta a história dos acontecimentos em torno do Projeto Manhattan, criado em 1942 em plena Segunda Guerra Mundial e que resultou no lançamento das bombas que destruíram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
A sugestão sardónica da capital ucraniana é, por isso óbvia, podendo até ser entendida como um recado aos aliados de Kiev, que continua a insistir na necessidade de mais armamento para combater a invasão russa. Para já, a “guerra” que concentra todas as atenções é a da bilheteira — e já falta pouco para saber qual dos filmes sairá vitorioso.