O Governo sul-africano contratou um novo empreiteiro para erguer um muro de betão no norte do KwaZulu-Natal para impedir a saída de veículos roubados na África do Sul para o país vizinho Moçambique. A governadora da província sul-africana de KwaZulu-Natal (KZN), Nomusa Dube-Ncube, adiantou que a região costeira de Umkhanyakude, que dista cerca de 78 quilómetros da Ponta do Ouro, em Moçambique, tem sido “atormentada há vários anos por crimes transfronteiriços, especialmente roubo de automóveis, que originam homicídios“.
Nesse sentido, a governante do partido Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde 1994 na África do Sul, que manteve esta semana encontros com as comunidades locais juntamente com o ministro da Polícia, Bheki Cele, anunciou ainda novas medidas de combate contra o crime transfronteiriço com o país lusófono vizinho.
“Se um carro desconhecido estiver estacionado à porta de sua casa, você será preso se não denunciar o carro abandonado. Tem de reportar esse carro à polícia. Se a polícia o encontrar perto da sua casa, presumiremos que lhe pertence e que você o roubou. É importante trabalhar com a polícia para acabar com esse flagelo”, declarou à comunidade local Nomusa Dube-Ncube, citada pelo canal público sul-africano, SABC.
Desde janeiro, a Polícia Sul-Africana (SAPS, na sigla em inglês) reforçou com mais de 100 meios operacionais o combate ao crime na região norte da província de KwaZulu-Natal, que faz fronteira com Moçambique e Essuatíni (antiga Suazilândia), segundo a força de segurança. Estima-se em mais de dois milhões o número de moçambicanos que trabalham nas minas, campos agrícolas, restauração, transportes públicos e comércio informal, na África do Sul, a economia mais desenvolvida do continente.