Os trabalhadores dos hospitais Beatriz Ângelo (Loures) e Vila Franca de Xira desmobilizaram da greve prevista para esta quinta-feira porque as unidades se comprometeram a aderir ao acordo coletivo de trabalho, mas no Amadora-Sintra a paralisação mantém-se.
Em declarações à Lusa, Bruno Cristo, da Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), explicou que, no caso dos hospitais de Vila Franca de Xira e Beatriz Ângelo (Loures), a situação está “em vias de resolução”, estando já agendado para dia 8 a assinatura de acordo no caso deste último.
Adiantou ainda que estão agendadas igualmente reuniões, para a próxima semana, com o hospital de Vila Franca para se prosseguir para a adesão aos acordos coletivos de trabalho celebrados há cerca de cinco anos.
“Apesar de as situações nos hospitais de Vila Franca e Loures estarem a caminho da resolução, no Amadora-Sintra permanece por resolver”, explicou, adiantando que, na teoria, como o pré-aviso abrangia as três unidades hospitalares, o sindicato não desconvocou a greve, mas, na prática, houve uma desmobilização dos trabalhadores naqueles dois casso com o aproximar de posições.
Bruno Cristo disse ainda que, uma vez que o pré-aviso abrangia as três unidades hospitalares, o sindicato acabou por não desconvocar a greve, mas informou os trabalhadores dos hospitais de Loures e Vila Franca de que ambas as situações estavam praticamente resolvidas.
Entretanto, num comunicado divulgado esta quinta-feira, a FESAP insiste que as reivindicações dos trabalhadores do Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) “permanecem sem resposta”, mantendo-se a ação de protesto agendada para hoje de manhã frente àquela unidade de saúde.
A greve nos três hospitais tinha sido convocada como forma de protesto “contra a situação de discriminação em que se encontram face aos trabalhadores dos restantes cerca de 40 Hospitais EPE do SNS”, explicava o sindicato na nota emitida na quarta-feira de manhã.
Na mesma informação, o sindicato apontava a urgência na celebração de acordos de adesão daqueles três hospitais aos acordos coletivos de trabalho celebrados há cerca de cinco anos (em vigor a partir de 2018), que estabelecem os mesmos direitos para todos os trabalhadores das carreiras do setor da saúde, independentemente da natureza do vínculo (contrato de trabalho em funções públicas ou contrato individual de trabalho).
Os trabalhadores exigem ainda igualdade de condições remuneratórias e de carreira para todos os trabalhadores em funções nos hospitais que detinham o estatuto de parceria público-privada e a reconstituição da carreira e reposicionamento remuneratório.