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O Ministério do Interior da Rússia adicionou a juíza Tomoko Akane, do Tribunal Penal Internacional, à sua lista dos criminosos procurados quatro meses depois de ter emitido uma ordem de captura contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e contra a comissária russa para os direitos das crianças, Maria Lvova-Belova.

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De acordo com a agência de notícias TASS, a base de dados do Ministério do Interior da Rússia incluiu a juíza japonesa “procurada em virtude do Código Penal da Federação Russa”, sem dar detalhes sobre qual o código que violou.

A 17 de março, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandato de captura contra Vladimir Putin e Maria Lvova-Belova por crimes de guerra, pelo seu alegado envolvimento em sequestros de crianças na Ucrânia. Em comunicado, o TPI acusou Putin de ser “alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (crianças) e transferência ilegal de população (crianças) de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”.

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Três dias depois, a 20 de março, o comité de investigação russo abriu um processo criminal contra o procurador do TPI Karim Ahmad Khan e os juízes Rosario Salvatore Aitala, Sergio Gerardo Ugalde Godinez e Tomoko Akane. Acusou-os de terem agido ilegalmente e de estarem a culpar pessoas inocentes.

Segundo o jornal The Moscow Times, a Rússia terá, assim, rejeitado os mandados de procura. Na época, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou a medida do Tribunal Penal Internacional como “uma decisão histórica”. Já Joe Biden, considerou o mandado de captura “justificado”.

Tomoko Akane é a segunda juíza do Tribunal Penal Internacional a constar na lista de criminosos procurados da Rússia. Em maio, o juiz Rosario Salvote Aitala foi adicionado, assim como o procurador Karim Khan.

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