O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou este domingo que um adiamento da venda da TAP “é bem-vindo”, se “não for muito longo e enriquecer o leque das alternativas para a escolha” do comprador.

Em Vila Viçosa, no distrito de Évora, depois de ter sido recebido nos Paços do Concelho, o chefe de Estado disse aos jornalistas que já existem “muitas candidaturas” para a compra da companhia e que “estão a ser preparadas novas”.

“Ainda ontem [sábado], por mero acaso, tive uma conferência aqui no Alentejo e, no fim, veio alguém a dizer” que estava, juntamente com portugueses e estrangeiros, “a trabalhar numa candidatura” para a compra da TAP, contou.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que, por isso, “se o adiamento não for muito longo e, sobretudo, se enriquecer o leque das alternativas para escolha, é bem-vindo”.

“Por razões europeias e nacionais, este é um daqueles dossiês que todos queremos ver resolvido”, assinalou, lembrando que uns partidos querem que o Estado fique com a TAP e outros, como o PS e o PSD, entendem que se deve privatizar. “O fundamental, penso eu, para o país é tomar uma decisão”, acrescentou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O Presidente respondia a questões dos jornalistas sobre a estimativa do secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, numa entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, de que o processo de privatização da TAP fique concluído na primeira metade do próximo ano.

Governo garante que TAP será vendida no primeiro semestre de 2024

No sábado, João Galamba, ministro das Infraestruturas, não foi muito longe no comentário a possíveis candidatos, dizendo apenas que “a nova administração, em conjunto com “os trabalhadores, as duas tutelas e o Governo estão muito empenhados, agradados com os resultados da TAP e com boa expectativa quanto ao processo de privatização”, sublinhou.

Galamba diz que TAP está “numa excelente trajetória de recuperação”

A TAP obteve um lucro de 65,6 milhões de euros em 2022, anunciou, em março, a companhia que regressou aos resultados positivos após prejuízos de 1.600 milhões em 2021 e antes do previsto no plano de reestruturação.