A Comissão Europeia disse esta terça-feira que acabou a dependência da União Europeia (UE) em relação aos combustíveis russos, considerando ainda que o gás natural russo está “a desaparecer rapidamente” do mercado europeu, segundo o porta-voz Adalbert Jahnz.

“Já não estamos dependentes dos combustíveis fósseis russos em geral”, indicou, salientando, numa conferência de imprensa da Comissão Europeia, citada pela EFE, que “as importações de carvão cessaram e as importações de petróleo são apenas uma fração do que eram antes da guerra”.

Em abril de 2022, os países da União Europeia (UE) concordaram em vetar as compras de carvão russo em resposta à invasão da Ucrânia, enquanto em junho do ano passado também chegaram a acordo para um embargo parcial ao petróleo russo.

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No que se refere ao gás natural, o porta-voz da Comissão Europeia afirmou que, em março de 2023, apenas 8% de todas as importações de gás provinham da Rússia, em contraste com a situação anterior à guerra, quando o gás russo representava mais de 50% das importações da UE.

“Isto deve-se a um programa muito intensivo para encontrar fornecedores alternativos, no qual a Comissão tem estado muito empenhada”, disse Jahnz na conferência de imprensa.

A este respeito, o porta-voz sublinhou que, no último ano, a UE “ultrapassou os objetivos” do plano RepowerEU, concebido por Bruxelas para reduzir a dependência do gás, do petróleo e do carvão de Moscovo e reforçar a soberania energética europeia.