A gigante de entretenimento anunciou uma série de mudanças ligadas ao seu serviço de streaming de vídeo. Além de uma nova subida de preços em vários mercados, a empresa vai ter novos planos de subscrição na Europa e vai seguir os passos da Netflix na limitação da partilha de contas.

Depois de ter subido os preços das subscrições em Portugal no fim de 2020, quem tem Disney+ volta a ter de abrir os cordões à bolsa: a subscrição mensal passa a custar mais dois euros, para 10,99 euros. A subscrição anual, que permite poupar duas mensalidades, também sofre alterações, passando dos atuais 89,90 euros para 109,90 euros por ano.

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Na nota onde anuncia os novos preços, a Disney explica que as mudanças “vão ser aplicadas aos novos clientes a partir de 1 de novembro e aos clientes já existentes a partir de 6 de dezembro”.

A tabela de preços atualizada deixa vários mercados europeus com uma subscrição igual à que vai ser paga em Portugal por um plano fixo – só em mercados como a Albânia, Bulgária, Croácia, Estónia ou Lituânia é que se pagará menos, ainda que a diferença seja apenas de um euro (9,99 euros/mês).

Em alguns mercados europeus haverá, no entanto, uma subscrição mais acessível que terá anúncios. A Disney, que estava a testar esta opção de plano nos Estados Unidos desde dezembro de 2022, vai agora introduzir este género de opções na Europa, começando pelo Reino Unido, França, Alemanha, Suíça, Itália, Espanha, Noruega, Suécia e Dinamarca. Uma opção que não vai chegar a Portugal.

Assim, nesses mercados, passará a haver três opções de planos a partir de novembro: standard com anúncios, standard e premium, com algumas diferenças nas funcionalidades a que o cliente tem acesso. Em Espanha, por exemplo, o plano com anúncios custará 5,99 euros por mês e não tem a opção de pagar um valor anual. A versão com anúncios terá acesso a todo o catálogo do serviço, qualidade de reprodução em Full HD e 1080 p e a possibilidade de ver conteúdos em dois ecrãs e simultâneo. No entanto, neste plano não é possível fazer downloads para ver conteúdos offline.

A diferença do plano standard em relação ao plano mais barato é o facto de não ter anúncios e permitir fazer downloads. E, tal como o plano inicial, tem áudio 5.1 e Stereo. Em Espanha, custará 8,99 por mês ou 89,90 euros por ano.

O plano premium vai ser o mais dispendioso, mas também o que terá mais funcionalidades – é o único com qualidade 4K UHD e HDR, visualização simultânea em quatro ecrãs e som Dolby Atmos. No país vizinho, vai custar 11,99 euros por mês ou 119,90 euros na opção de pagamento anual.

Em comunicado, Jan Koeppen, presidente da Walt Disney Company EMEA (Europa, Médio Oriente e África), refere que a chegada destes planos suportados por anúncios “marca uma nova evolução para a Disney+ na Europa, já que permite dar mais opções de escolha” aos subscritores e “aos parceiros publicitários”.

Disney+ também vai à “caça” da partilha de contas

A Disney mostrou esta semana que está preparada para seguir os passos da Netflix na tentativa de limitar a partilha de contas. Numa conferência telefónica com analistas, feita a seguir à apresentação de resultados trimestrais, Bob Iger, CEO da companhia, admitiu que estão a “explorar de forma ativa formas de responder à partilha de contas”.

A ideia é que o Disney+ “comece a atualizar os acordos com os subscritores, com termos adicionais e as regras de partilhas” no final deste ano. Para 2024, Iger revelou que há planos para “implementar novas táticas para alavancar a monetização”.

A Disney não especificou quantas pessoas é que partilham contas do Disney+, mas Bob Iger mencionou que é um número “significativo”. Pôr mão na quantidade de pessoas que partilham contas de streaming é, aparentemente, para a Disney “uma prioridade real”.

A Netflix foi a primeira entre os principais serviços de streaming de vídeo a impor limites à partilha de contas. Em Portugal, a mudança chegou em fevereiro, determinando que uma subscrição só pode ser usada por pessoas que vivem na mesma residência.

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A Disney perdeu 11,7 milhões de subscritores no terceiro trimestre do ano fiscal, passando a ter 146,1 milhões de subscritores a nível global (dados até 1 de julho).