Com uma nova variante do coronavírus — Eris ou EG.5 — em crescimento e a liderar as novas infeções nos Estados Unidos, as autoridades de saúde norte-americanas preparam-se para administrar novas vacinas contra a covid-19 já no próximo mês. Estas vacinas estão já atualizadas para combater a nova variante, que está a aumentar não só nos Estados Unidos, mas também na Europa. No entanto, de acordo com a Reuters, mesmo com o número de casos positivos a aumentar, alguns especialistas em saúde pública temem que a taxa de vacinação não seja elevada.
Esta análise pouco positiva baseia-se nos dados relativos à vacinação dos anos anteriores. Por exemplo, em 2021, com o aparecimento das vacinas contra a covid-19, cerca de 73% da população recebeu, pelo menos, uma dose da vacina. Esta percentagem equivale a cerca de 240 milhõesde pessoas. Já no ano passado, em outubro, a percentagem de vacinados desceu e menos de 50 milhões de norte-americanos quiseram receber a vacina.
“Há menos preocupação com a covid este ano do que no ano passado”, explicou Michael Yee, analista da Jefferies. E Ashley Kirzinger, da Kaiser Family Foundation — responsável por vários estudos sobre vacinação –, acrescentou que é necessário que as autoridades de saúde pública continuem a mostrar à população que o vírus não desapareceu “e ainda representa um risco”.
Esta nova variante foi detetada em fevereiro de 2023 e, olhando para a Europa, é já a segunda variante mais comum no Reino Unido. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que atualizou as informações sobre esta nova variante na semana passada, o número de infeções associadas à EG.5 poderá aumentar e “tornar-se dominante em alguns países ou mesmo no mundo”.
Covid-19: OMS adverte que estirpe EG.5 pode aumentar infeções e tornar-se dominante
Ainda assim, apesar da tendência de aumento da prevalência desta variante, não foram reportadas alterações significativas em relação à gravidade da doença covid-19. Além disso, o risco que esta variante representa é baixo.