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Os serviços secretos dos Estados Unidos da América acreditam que a Ucrânia não vai conseguir chegar a Melitopol, falhando assim o principal objetivo da contraofensiva contra a Rússia, reporta o The Washington Post.

Segundo a publicação, fontes ligadas aos serviços secretos dos EUA avaliam que a Ucrânia não vai conseguir alcançar a cidade, crucial para a contraofensiva, já que é considerada a porta de entrada para a Crimeia. Melitopol está no cruzamento de duas importantes rodovias e uma linha ferroviária que permitem à Rússia mover pessoal militar e equipamento da península para outros territórios ocupados no sul da Ucrânia.

As forças da Ucrânia, que estão a avançar em direção a Melitopol a partir da cidade de Robotyne vão permanecer a vários quilómetros da cidade, dizem altos funcionários dos EUA que falaram ao jornal sob a condição de anonimato.

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O gabinete do diretor de inteligência nacional dos EUA recusou-se a comentar.

Esta quinta-feira, Kiev reclamou avanços no sul do país, nomeadamente na cidade. “As Forças Armadas ucranianas continuam as suas operações ofensivas nas áreas de Bakhmut (leste), Melitopol e Berdyansk (sul)“, informou o Estado-Maior do Exército Ucraniano no seu relatório diário.

Kiev reclama avanços no sul do país e Moscovo no leste

em abril, o chefe de estado maior dos Estados Unidos dizia não acreditar numa vitória ucraniana na guerra em 2023. Apesar de reconhecer que as tropas russas estavam a ser “massacradas”, Mark Milley mostrou-se reticente quanto a uma eventual vitória ucraniana a curto-prazo. “É uma tarefa muito complicada”, rematou.

Numa entrevista esta semana, Milley tornou a reforçar as reservas. “Disse há uns meses que esta ofensiva seria longa, sangrenta e lenta”, disse ao The Post. “É exatamente isso que é: longa, sangrenta e lenta, e é uma luta muito, muito difícil.”