Há dias melhores, há dias piores, há dias que podem parecer melhores do que na verdade são. Este sábado, entre o terceiro título mundial de Fernando Pimenta no K1 1.000 e consequente apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris, houve mais notícias positivas que podem não ter recebido tanto destaque mas que foram igualmente importantes: Norberto Mourão não chegou às medalhas mas carimbou também mais uma vaga para Portugal no VL2 200, Teresa Portela acabou na oitava posição mas tem portas abertas para a quinta participação nos Jogos. Houve mais, neste caso na sessão vespertina no dia 4 dos Mundiais. E com um apuramento que voltava a abrir o sonho de mais uma qualificação para Paris-2024, neste caso no K2 500.
Na terceira e última meia-final, João Ribeiro e Messias Baptista conseguiram vencer com 1.29,148 e ficaram à frente da Rep. Checa e da Sérvia, também elas apuradas para a final A da distância. Assim, a dupla nacional iria discutir uma das seis primeiras posições, que davam acesso direto à qualificação olímpica, tendo ainda pela frente conjuntos de peso como Alemanha, Hungria, Espanha, Lituânia, Austrália e Canadá. No caso de João Ribeiro, poderia conquistar a terceira medalha em Campeonatos do Mundo na distância (quinta no total), após ter ganho o ouro em 2013 com Emanuel Silva e a prata em 2010 com Fernando Pimenta.
???? Inês Penetra e Beatriz Fernandes 12.º lugar em C2 500m
???? João Ribeiro e Messias Baptista ➡️ final A de K2 500m
???? Bruno Afonso e Marco Apura ➡️ final B de C2 500m
???? Joana Vasconcelos e Francisca Laia ➡️ final B de K2 500mSaiba mais na app da Equipa Portugal#COPortugal pic.twitter.com/LYOtOUPETx
— Comité Olímpico de Portugal (COP) (@COPPORTUGAL) August 26, 2023
Essa acabou por ser a única boa notícia a nível de apuramento para Paris-2024 da parte da tarde. No K2 500 feminino, Joana Vasconcelos e Francisca Laia não foram além da quinta posição na terceira meia-final com 1.42,72, ficando atrás de Bélgica (Hermien Peters e Lize Broekx, 1.40,362), Suécia (Linnea Stensils e Moa Wikberg, 1.41,438) e Nova Zelândia (Aimee Fisher e Danielle McKenzie, 1.41,537) entre as vagas para a final A que permitia sonhar com uma vaga olímpica. O mesmo aconteceu com Bruno Afonso e Marco Apura no C2 500, com o quinto lugar (1.43,180) que impediu a final A frente a Roménia (Ilie Sprincean e Oleg Nuta, 1.39,306), Rep. Checa (Petr e Martin Fuksa, 1.39,309) e Itália (Gabriele Casadei e Carlo Tacchini, 1.39,749).
Assim, e ainda antes das finais de K1 5.000 com Maria Rei e Fernando Pimenta (que no último ano tinha todas as condições para averbar mais um pódio mas acabou por partir o leme e desistir), todas as atenções na manhã do quinto e último dia dos Mundiais de Duisburgo estavam centradas na final A do K2 500 que poderia valer mais um apuramento olímpico e “minimizar” aquela que foi a maior desilusão da prova no K4 500 masculino e feminino, que não se conseguiu qualificar para a final A e perdeu com isso a possibilidade de lutar por uma vaga em Paris-2024. E agora fizeram história com o título entre lágrimas de alegria que quase pareciam assinalar o destino de ganhar em K2 500 nos Mundiais em Duisburgo como em 2013.
CAMPEÕES DO MUNDO!! ????????
João Ribeiro e Messias Baptista conquistaram a medalha de ouro em K2 500 metros no Campeonato do Mundo em Duisburgo! ????????
A dupla campeã do Mundo garantiu ainda uma quota nacional na embarcação para a #EquipaPortugal ???????? em Paris 2024! ????#COPortugal pic.twitter.com/vldvBDgY0b
— Comité Olímpico de Portugal (COP) (@COPPORTUGAL) August 27, 2023
Após passarem os 250 metros na quarta posição atrás de Espanha, Alemanha e Hungria, num lugar que dava vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, João Ribeiro e Messias Baptista tiveram uma ponta final fantástica que garantiu a medalha de ouro com 1.29,037, à frente da embarcação húngara (Bence Nadas e o campeão de K1 500 Balint Kopasz, 1.29,184) e espanhola (Adrian del Rio e Rodrigo Germade, 1.29,389). A Austrália, com Jean van der Westhuyzen (vice-campeão mundial em K1 500) e Thomas Green, acabou em quarto com 1.29,465, seguida de Rep. Checa (1.29,842), Alemanha (1.29,860), Lituânia (1.29,874), Sérvia (1.29,937) e Canadá (1.30,511). Seguiu-se a festa do segundo título de 2023, com João Ribeiro em lágrimas também pelos problemas pessoais que tem enfrentado mas que não impediram mais um dia de excelência.