Entre janeiro e junho deste ano, as famílias portuguesas resgataram, ao todo, 611,68 milhões de euros dos planos de poupança-reforma (PPR) para fazer face ao agravamento dos custos com crédito à habitação. A informação é avançada esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios.

A suspensão da penalização no resgate antecipado dos PPR, medida implementada pelo Governo para aliviar os efeitos da inflação para famílias com crédito à habitação, levou a um aumento do recurso a esta poupança. De acordo com a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o montante dos resgates subiu 61,4% no primeiro semestre de 2023 face ao período homólogo. Avança a ASF que, no mesmo período, houve um recuo na produção de PPR.

“Podemos assumir pelo crescimento tão grande [do volume de resgates] que se deve às dificuldades económicas. Está naturalmente associado à maior liquidez que foi dada aos PPR”, considera António Ribeiro, analista financeiro da Deco Proteste, ao mesmo jornal.

A possibilidade do resgate antecipado de planos poupança-reforma (PPR), de planos poupança-educação (PPE) e de planos poupança-reforma/educação (PPR/E) sem as penalizações que habitualmente lhe estão associadas (como é o caso da devolução do benefício fiscal em sede de IRS), e independentemente do valor a levantar e da data da subscrição, está prevista na lei publicada em outubro do ano passado, que contempla várias outras medidas para mitigar o impacto da subida da inflação no rendimento das famílias. Está em vigor até ao final do ano.

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