O 565.º dia da guerra ficou marcado pela confirmação do Kremlin de que Kim Jong-un e Vladimir Putin vão mesmo reunir nos próximos dias. Ao início da manhã de segunda-feira foi avançado que o chefe de Estado norte coreano teria partido de Pyongyang com destino à Rússia. Por sua vez, também Putin se deslocou para Vladivostok, onde na terça-feira decorre o Fórum Económico Oriental.

“A convite do presidente russo, Vladimir Putin, o presidente dos Assuntos de Estado da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong-un, fará uma visita oficial à Federação Russa nos próximos dias”, confirmou o Kremlin, em comunicado, avançando depois que a visita de Estado de Kim Jong-un terá direito a honras normais.

Durante esta segunda-feira, o Kremin avançou ainda que Vladimir Putin não irá anunciar a sua recandidatura às eleições até que se conheça a data das presidenciais de 2024. “Quando se anunciar a data das eleições, irá conhecer-se a data limite para apresentação de candidaturas. Esse será o prazo”, disse Dmitri Peskov.

O dia ficou ainda marcado por uma sondagem, levada a cabo pela Fundação para Iniciativas Democráticas Ilko Kucheriv em colaboração com o Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, segundo a qual 78% dos ucranianos culpam Volodymyr Zelensky pela corrupção sistémica no país. No mesmo sentido, a maioria dos inquiridos apontou a corrupção — e não a guerra — como o principal obstáculo ao desenvolvimento do tecido empresarial ucraniano. Outros fatores citados foram a má aplicação dos impostos e a falta de apoios estatais.

O que se passou durante as últimas horas?

  • O chefe do gabinete da presidência ucraniana apelou à renovação das sanções contra a Rússia: “Quanto mais se esforçarem para matar, mais fortes devem ser as sanções contra a indústria militar, a energia e todos os setores que fornecem mísseis ao inimigo e atacam com UAV.”
  • Annalena Baerbock, ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, declarou que Ucrânia “pode confiar” na “compreensão do alargamento da União Europeia como uma consequência geopolítica necessária da guerra da Rússia”.
  • Kim Jong-un terá partido esta manhã de Pyongyang, na Coreia do Norte, para a Rússia, para se encontrar com Vladimir Putin. Por sua vez, também o Presidente russo se deslocou para Vladivostok, onde, na terça-feira, decorre o Fórum Económico Oriental. O Kremlin confirmou o encontro de ambos e avançou que a visita de Estado de Kim Jong-un à Rússia terá honras normais.
  • Na manhã desta segunda-feira, indicam as autoridades ucranianas, a cidade natal de Volodymyr Zelensky foi atingida por, pelo menos, 11 drones russos.
  • Sergei Surovikin, terá recebido um novo cargo na Rússia. A ser verdade será agora o responsável por supervisionar a função do sistema conjunto de defesa aéreo dos estados membros da CEI.
  • As autoridades da Ucrânia declararam esta segunda-feira “novos avanços” ocorridos nos últimos dias nos arredores da cidade de Bakhmut, acrescentando que desde o início da contraofensiva reconquistaram cerca de 50 quilómetros quadrados na zona.
  • Lula da Silva recuou na posição quanto a uma eventual detenção de Vladimir Putin. Depois de ter garantido que não iria permitir que o mandato de captura do TPI contra Putin fosse cumprido no território brasileiro, caso este decida comparecer à cimeira do G20 do próximo ano, o líder brasileiro veio agora dizer que, afinal, a decisão sobre uma eventual detenção está nas mãos da justiça e não nas suas.
  • As forças militares ucranianas afirmaram que Moscovo pode estar a preparar uma nova campanha de mobilização para recrutar centenas de milhares de soldados para as suas fileiras. Podem ser mobilizados entre 400 e 700 mil novos recrutas.
  • A Ucrânia poderá começar a utilizar caças F-16 na guerra já no início do próximo ano.
  • Apesar dos esforços recentes no combate à corrupção, a grande maioria dos cidadãos ucranianos acreditam que Volodymyr Zelensky é o principal responsável pela corrupção sistémica no país. A conclusão é de uma sondagem segundo a qual 78% dos ucranianos apontam o dedo ao Chefe de Estado pela ingerência no governo e nas administrações regionais.
  • O presidente russo, Vladimir Putin, não irá anunciar a sua recandidatura às eleições até que se conheça a data das presidenciais em 2024, anunciou o Kremlin.
  • A NATO está a preparar o maior exercício militar conjunto desde a Guerra Fria. No próximo ano, mais de 40 mil militares vão participar num exercício destinado a preparar a resposta da aliança atlântica a uma eventual agressão russa a um dos estados-membros.

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