O Grupo Parlamentar do PSD elegeu esta sexta-feira, por voto secreto, dois novos vice-presidentes da bancada, Miguel Santos e Jorge Paulo Oliveira, assim como o deputado António Prôa para coordenador da Comissão de Defesa.

De acordo com os resultados divulgados pela bancada social-democrata, os dois novos vice-presidentes e António Prôa obtiveram 41 votos a favor, oito brancos e 16 nulos, num total de 71 deputados votantes. O Grupo Parlamentar do PSD refere que seis deputados da sua bancada não votaram por se encontrarem em missão parlamentar.

Não deixa de ser um resultado aquém das expectativas mas em linha com aquele que Joaquim Miranda Sarmento conseguiu alcançar quando se candidatou à liderança da bancada parlamentar. Na altura, Sarmento não foi além dos 61%; desta vez, os seus vices conseguiram cerca de 65%. Entre os críticos da atual direção, continuam a contar-se o tal grupo de 30 deputados ‘problemáticos’.

Miranda Sarmento promove Miguel Santos e Jorge Paulo Oliveira a vices

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os nomes propostos, que substituem três vice-presidentes sociais-democratas que deixaram a Assembleia da República na primeira sessão legislativa, foram a votos entre as 10h00 e as 12h00 de esta sexta-feira, primeiro dia da segunda sessão legislativa.

Miguel Santos, eleito pelo Porto, foi deputado na X, XII e XIII legislaturas e já ocupou a vice-presidência da bancada quando Luís Montenegro era líder parlamentar e Pedro Passos Coelho presidente do partido.

Jorge Paulo Oliveira, eleito por Braga, é deputado desde a XII legislatura e desempenhava atualmente funções de coordenador na Comissão de Defesa, pasta que passará agora para António Prôa, eleito por Lisboa. A bancada do PSD passa agora a contar com onze vice-presidentes.

Nos últimos meses, deixaram a vice-presidência da bancada do PSD Ricardo Baptista Leite, que suspendeu o mandato de deputado a meio de maio para dirigir uma organização ligada à saúde, na Suíça; Luís Gomes, que saiu igualmente do parlamento por motivos profissionais; e Joaquim Pinto Moreira, que deixou o cargo de vice depois de ser noticiado que estava a ser investigado na “Operação Vórtex”.

Pinto Moreira começou por deixar a vice-presidência e suspender o mandato de deputado, tendo regressado dois meses depois à Assembleia da República sem acordo da direção. A meio de julho, e depois de ser acusado na mesma investigação, anunciou que iria renunciar ao mandato.

Fonte da bancada disse à agência Lusa que o ex-presidente da Câmara Municipal de Espinho formalizou por escrito essa renúncia ao presidente da Assembleia da República, com efeitos a partir da passada quinta-feira, último dia da primeira sessão legislativa.

A direção do Grupo Parlamentar do PSD, liderada por Joaquim Miranda Sarmento, foi eleita em 13 de julho do ano passado com perto de 60% dos votos da bancada, tendo-se registado 46 votos a favor, 20 brancos e 10 nulos.