Foi um míssil que deixou a base militar da frota russa no Mar Negro, em Sebastopol, parcialmente destruída. Com o recurso a mísseis, a Ucrânia atingiu, esta sexta-feira, aquela infraestrutura, numa altura em que se multiplicam os ataques à península da Crimeia. E, na publicação nas redes sociais em que reivindicou a autoria, o comandante da Força Aérea de Kiev, Mykola Oleschuk, prometeu que “haverá mais” incidentes deste género.
Na sequência do ataque, o Ministério da Defesa da Rússia avançou que um militar tinha morrido. Porém, mais tarde, a tutela liderada pelo ministro Sergei Shoigu corrigiu a informação, dando conta de que esse militar estava desaparecido.
El cuartel general de la Flota del Mar Negro ????????⚓ en Sebastopol acaba de ser volado ???? con misiles de crucero ????????, probablemente Storm Shadow / Scalp EG ???????????????? pic.twitter.com/MlB6zggkSH
— Galileo ???????? (@GalileoArms) September 22, 2023
Para além disso, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, a Ucrânia lançou um ataque de mísseis dirigidos à cidade de Sebastopol — e os sistemas de defesa aéreos russos intercetaram cinco. E Moscovo confirmou que a base militar ficou danificada, após um incêndio ter deflagrado devido ao ataque.
As autoridades pró-russas referiram igualmente que nenhum dos edifícios em redor da base militar ficaram danificados e que nenhum civil ficou ferido.
A Sebastopol, le quartier général de la marine russe est en feu.
Un fois de plus, cible atteinte, trop forts les ????????????????????????
Via tg NOEL REPORTS pic.twitter.com/eanAbBWGPH— D Mionnet (@geopolitis) September 22, 2023
Ainda assim, o conselheiro de Volodymyr Zelensky, Mykhailo Podolyak, questionou o levantamento feito pelas autoridades russas. Estas declarações são, para o responsável da presidência, “a prova da profunda perversão do sistema russo: pessoas que, em outras circunstâncias, noutra sociedade, poderiam ter sido comediantes de stand up escolheram o caminho da guerra e dos crimes de guerra”.
"All the missiles were shot down by the Russian air defense system. But the Black Sea Fleet headquarters in #Crimea was destroyed. There were no casualties as a result of the attack. But some servicemen are missing." The statements of the Russian Ministry of Defense are proof of…
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) September 22, 2023
No mesmo sentido, Mykola Oleschuk ironizou sobre as primeiras notícias que davam conta de que todos os mísseis ucranianos tinham sido abatidos: “Espero que da próxima vez a defesa aérea russa não nos dececione novamente”. Agradeceu igualmente aos “pilotos da força aérea” por cumprirem a tarefa “com sucesso”.
A Crimeia foi anexada em 2014 pela Rússia, num processo que foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. Para acabar com a guerra, a Ucrânia considera que é necessário voltar a controlar a península. Daí que Mykhailo Podolyak tenha garantido: “A Crimeia será definitivamente desmilitarizada e libertada”.