Foi um míssil que deixou a base militar da frota russa no Mar Negro, em Sebastopol, parcialmente destruída. Com o recurso a mísseis, a Ucrânia atingiu, esta sexta-feira, aquela infraestrutura, numa altura em que se multiplicam os ataques à península da Crimeia. E, na publicação nas redes sociais em que reivindicou a autoria, o comandante da Força Aérea de Kiev, Mykola Oleschuk, prometeu que “haverá mais” incidentes deste género.

Na sequência do ataque, o Ministério da Defesa da Rússia avançou que um militar tinha morrido. Porém, mais tarde, a tutela liderada pelo ministro Sergei Shoigu corrigiu a informação, dando conta de que esse militar estava desaparecido. 

Para além disso, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, a Ucrânia lançou um ataque de mísseis dirigidos à cidade de Sebastopol — e os sistemas de defesa aéreos russos intercetaram cinco. E Moscovo confirmou que a base militar ficou danificada, após um incêndio ter deflagrado devido ao ataque.

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As autoridades pró-russas referiram igualmente que nenhum dos edifícios em redor da base militar ficaram danificados e que nenhum civil ficou ferido.

Ainda assim, o conselheiro de Volodymyr Zelensky, Mykhailo Podolyak, questionou o levantamento feito pelas autoridades russas. Estas declarações são, para o responsável da presidência, “a prova da profunda perversão do sistema russo: pessoas que, em outras circunstâncias, noutra sociedade, poderiam ter sido comediantes de stand up escolheram o caminho da guerra e dos crimes de guerra”.

No mesmo sentido, Mykola Oleschuk ironizou sobre as primeiras notícias que davam conta de que todos os mísseis ucranianos tinham sido abatidos: “Espero que da próxima vez a defesa aérea russa não nos dececione novamente”. Agradeceu igualmente aos “pilotos da força aérea” por cumprirem a tarefa “com sucesso”.

A Crimeia foi anexada em 2014 pela Rússia, num processo que foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. Para acabar com a guerra, a Ucrânia considera que é necessário voltar a controlar a península. Daí que Mykhailo Podolyak tenha garantido: “A Crimeia será definitivamente desmilitarizada e libertada”.