O Presidente dos Estados Unidos, que pretende afirmar a presença norte-americana no Pacífico e travar a influência chinesa, anunciou esta segunda-feira o reconhecimento oficial de dois territórios daquela região, as Ilhas Cook e Niue, como “Estados soberanos e independentes”.

Num comunicado de imprensa, Joe Biden, que vai receber esta segunda-feira na Casa Branca vários dirigentes das ilhas do Pacífico, recordou que as Ilhas Cook têm uma “longa história de cooperação” com os Estados Unidos.

Por sua vez, prosseguiu Biden, Niue, um pequeno território também conhecido como “o rochedo da Polinésia”, desempenha “um papel importante e construtivo” no Pacífico, nomeadamente na luta contra as alterações climáticas.

Niue, um pequeno Estado autónomo com apenas 1.700 habitantes e uma associação de comércio livre com a Nova Zelândia, acaba de lançar uma iniciativa original para proteger o seu ecossistema: ofereceu-se para patrocinar a proteção de um quilómetro quadrado (km2) do Pacífico por 140 euros.

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No mesmo comunicado, e ainda sobre as Ilhas Cook, Biden recordou que os Estados Unidos tinham construído naquela zona pistas de aeroporto.

De acordo com a Casa Branca, o reconhecimento oficial deste arquipélago de cerca de 17.000 habitantes vai facilitar a luta contra a pesca ilegal e as alterações climáticas, duas preocupações partilhadas por muitos dos micro Estados do Pacífico.

Esta segunda e terça-feira, o Presidente norte-americano promove a segunda “Cimeira dos Estados Unidos e do Fórum das Ilhas do Pacífico”, quase um ano após a primeira edição, que também se realizou em Washington.

Segundo altos funcionários citados pelas agências noticiosas internacionais, o executivo norte-americano deverá anunciar uma presença diplomática mais forte na região, projetos de infraestruturas e uma cooperação marítima reforçada.

Um alto funcionário da Casa Branca não identificado, citado pelas agências internacionais, admitiu “ser óbvio” que a China desempenha um “certo papel” na decisão norte-americana, frisando que as ambições e influência chinesas na região são uma razão para os Estados Unidos prosseguirem com esta “ofensiva estratégica”.