Cerca de 1.500 crianças estão presas numa ilha remota nas Filipinas onde, alegadamente, sofrem abusos sexuais que incluem casamento forçado por parte dos Omega de Salonera, um culto extremista, avança o The Telegraph.

No entanto, os abusos também aparentam ser físicos. Anna Bojos, que pertence à ONG Cebu for Human Rights e que esteve na ilha, denuncia que os membros do gangue obrigam as crianças a trabalho forçado, ao andar com “sacos cheios de pedras“, bem como a “rastejar pela lama cheia de resíduos humanos“, diz citada pelo jornal britânico.

Face às recentes declarações, Risa Honntiveros, senadora das Filipinas, referiu a situação na passada segunda-feira quando discursou perante um comité: “Esta é uma história angustiante de violação, abuso de crianças e casamento forçado com menores por uma seita no município de Socorro”, afirmou, acrescentando ainda que o governo do país “não pode e nem deve desviar o olhar” à situação.

Também outro senador do país, Ronald Dela Rosa, aproveitou a ocasião para referir que as jovens presas no culto são obrigadas a fazer sexo com Jey Quilario, o líder conhecido como “Messias”, antes de fazerem 12 anos, idade em que são forçadas a casar.

Os “Omega de Salonera”, um grupo de tráfico de droga que controla a ilha com forte armamento, também prega uma palavra apocalíptica, promovendo o medo. Em 2019, aproveitaram o desastre de um sismo para seduzir as pessoas, que temiam o pior, para dentro de uma montanha onde terão, alegadamente, iniciado os abusos sexuais.

Desde então, têm-se mantido fora do radar das autoridades. Jay Quilario, alegadamente, tem conduzido uma das suas operações de droga através de um bunker perto de sua casa que transformou em laboratório para produzir metanfetamina.

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