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Nas asas de Ángel, o caçador de dragões (a crónica do Benfica-FC Porto)

Este artigo tem mais de 6 meses

Tal como tinha acontecido na Supertaça, Di María desatou o nó do Clássico e deu a vitória ao Benfica contra o FC Porto (1-0). Encarnados são líderes à condição, dragões jogaram 70 minutos com 10.

O avançado argentino marcou o único golo do jogo já durante a segunda parte
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O avançado argentino marcou o único golo do jogo já durante a segunda parte

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

O avançado argentino marcou o único golo do jogo já durante a segunda parte

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Foi há mês e meio, no início de agosto, e marcou o arranque oficial da temporada. Em Aveiro, na Supertaça Cândido de Oliveira, o FC Porto foi melhor do que o Benfica na primeira parte mas os encarnados anularam os dragões com golos de Di María e Musa, conquistando desde logo o primeiro troféu da época e vencendo o primeiro round da rivalidade. Esta sexta-feira, na Luz, era tempo do segundo round.

Mês e meio depois da Supertaça, o Benfica recebia o FC Porto com menos um ponto do que os dragões, que dividiam a liderança da Primeira Liga com o Sporting, e um registo de cinco vitórias e duas derrotas entre Campeonato e Liga dos Campeões. Na Luz, a equipa de Roger Schmidt procurava ultrapassar o rival na classificação e carimbar desde já uns dos triunfos mais importantes da temporada — principalmente depois de um arranque de época onde os resultados têm sido arrancados com alguma dificuldade e a consistência exibicional ainda não foi alcançada.

Ficha de jogo

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Benfica-FC Porto, 1-0

7.ª jornada da Primeira Liga

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga)

Benfica: Trubin, Alexander Bah, António Silva, Otamendi, Fredrik Aursnes, João Neves, Kökçü, Di María (João Mário, 86′), Rafa (Tengstedt, 90+7′), David Neres (Jurásek, 86′), Musa (Arthur Cabral, 66′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, Morato, Chiquinho, Tomás Araújo, Florentino

Treinador: Roger Schmidt

FC Porto: Diogo Costa, João Mário, Fábio Cardoso, David Carmo, Wendell (Francisco Conceição, 80′), Alan Varela (Iván Jaime, 84′), Romário Baró (Zé Pedro, 25′), Stephen Eustáquio, Pepê (Gonçalo Borges, 80′), Taremi, Galeno

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, Grujic, Nico González, André Franco, Toni Martínez

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: Di María (68′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a David Carmo (34′), a Taremi (35′), a João Neves (59′), a Wendell (77′), a Zé Pedro (82′), a Francisco Conceição (90+5′), a Jurásek (90+5′), a Otamendi (90+5′); cartão vermelho direto a Fábio Cardoso (19′)

Mês e meio depois da Supertaça, o FC Porto visitava o Benfica com mais um ponto do que os encarnados, dividindo a liderança da Primeira Liga com o Sporting, e um registo de seis vitórias e um empate entre Campeonato e Liga dos Campeões. No Dragão, a equipa de Sérgio Conceição procurava manter a vantagem em relação ao rival na classificação e carimbar desde já um dos triunfos mais importantes da temporada — principalmente depois de um arranque de época que tem sido muito resultadista, com vários pontos alcançados nos descontos e muita dificuldade na hora de imprimir as ideias do treinador no relvado.

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Neste contexto — e numa fase temporal em que o FC Porto tem conseguido vencer várias vezes na Luz nos últimos anos, mesmo em períodos em que o Benfica parece estar globalmente melhor –, era expectável que ambos os treinadores realizassem mudanças no onze inicial com o objetivo de surpreender. E confirmou-se: Roger Schmidt apostava em Di María e Neres em simultâneo e deixava João Mário no banco, mantendo Aursnes na esquerda da defesa apesar de Jurásek já estar disponível; Sérgio Conceição colocava Romário Baró no meio-campo, com Pepê de volta à titularidade e Fábio Cardoso e David Carmo a assumirem o eixo defensivo na ausência dos lesionados Pepe e Marcano, e deixava Iván Jaime no banco e Fran Navarro fora das opções.

O Benfica começou ligeiramente melhor, com Di María a atirar por cima logo nos instantes iniciais na sequência de um raro erro de Diogo Costa (2′). Os dragões responderam, com Eustáquio a atirar ao lado de fora de área (5′) e Galeno a falhar também o alvo depois de uma jogada individual (17′), mas o jogo que até aí tinha sido de estudo mútuo e sem grandes aproximações à baliza mudou logo aos 20 minutos: Fábio Cardoso parou Neres, João Pinheiro considerou que o brasileiro seguia isolado e expulsou o central com cartão vermelho direto, deixando o FC Porto reduzido a 10 elementos numa fase ainda muito embrionária da partida.

Alan Varela começou por compensar no eixo defensivo, mas Sérgio Conceição teve mesmo de mexer e sacrificar Romário Baró para lançar Zé Pedro, central da equipa B que se estreou na Primeira Liga. A partir desse momento, os dragões passaram a atuar numa espécie de 4x2x3, com Pepê a abrir na direita no setor mais ofensivo — e a primeira ocasião mais perigosa depois da expulsão pertenceu mesmo ao FC Porto, com Taremi a aparecer na cara de Trubin e o guarda-redes ucraniano a resolver com uma saída atempada (30′).

O Benfica respondeu com um remate forte de Rafa, que finalizou um lance estudado na sequência de um canto na esquerda e atirou ao lado (33′), e os encarnados foram naturalmente assumindo a maioria da posse de bola. Ainda assim, a equipa de Roger Schmidt não conseguia ter o controlo total do jogo e o FC Porto ia procurando aproveitar a profundidade e o espaço deixado nas costas da defesa adversária, tornando-se claro que o Benfica não soube adaptar-se a um jogo em que atuava contra menos um elemento.

Pepê ficou perto de abrir o marcador com um remate de fora de área (41′), assim como Di María também ameaçou o golo com um pontapé que passou por cima da trave (45+3′), mas a verdade é que a primeira parte terminou sem uma verdadeira oportunidade para os dois lados. Do lado do Benfica, destacava-se a exibição de João Neves e uma certa apatia de Rafa, que não conseguia dar continuidade aos lances mais perigosos; do lado do FC Porto, destacava-se a prestação de Alan Varela, que cumpriu na Luz os melhores 45 minutos desde que chegou a Portugal.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Benfica-FC Porto:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e a superioridade numérica do Benfica começou a notar-se logo a partir dos primeiros instantes da segunda parte: Musa falhou o alvo depois de uma boa jogada de Neres (52′), Kökçü acertou no poste com um remate cruzado (53′) e Diogo Costa evitou o golo do mesmo Neres quando o brasileiro surgiu sozinho ao segundo poste (56′), enquanto que o FC Porto ia procurando sobreviver a uma entrada forte dos encarnados.

O jogo desenrolava-se em autêntico sentido único, com o Benfica completamente inserido no meio-campo adversário e os dragões a explorarem apenas o contra-ataque e as transições rápidas, sem capacidade para encostar os encarnados à grande área ou criar situações de perigo. Roger Schmidt foi o primeiro a mexer, trocando Musa por Arthur Cabral já depois da hora de jogo, e o Benfica conseguiu finalmente abrir o marcador: Neres desequilibrou na esquerda e cruzou rasteiro para o poste mais distante, onde Di María apareceu a rematar e a beneficiar de um desvio em Wendell para trair Diogo Costa e conquistar a vantagem (68′).

O Benfica poderia ter dilatado o resultado logo depois, com um remate por cima ainda de fora de área (73′), e Sérgio Conceição só reagiu à desvantagem já dentro do último quarto de hora ao lançar Francisco Conceição e Gonçalo Borges nos lugares de Wendell e Pepê, com Galeno a recuar para a esquerda da defesa. Os encarnados baixaram as linhas depois do golo, permitindo a subida dos setores do FC Porto e uma maior presença dos dragões no meio-campo adversário, mas já pouco aconteceu até ao apito final.

Num Clássico em que atuou praticamente 70 minutos em superioridade numérica, o Benfica venceu o FC Porto e tem agora mais dois pontos do que os dragões, assumindo o primeiro lugar do Campeonato à condição — o que significa que, se derrotar o Farense este sábado, o Sporting é líder isolado da Primeira Liga. E tudo porque Ángel Di María, tal como já tinha acontecido na Supertaça, decidiu ser o caçador de dragões de serviço.

 
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