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Numa altura em que a União Europeia (UE) está cada vez mais próxima de dar “luz verde” à adesão da Ucrânia, a Rússia prepara-se para colocar o “botão vermelho em cima da mesa”. Isto segundo as palavras de Alexander Lukashenko.
O Presidente da Bielorrússia apelou esta sexta-feira, durante uma visita a um centro militar do Ministério da Defesa, na região de Brest, ao fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, para que este “não se agrave”. Tal porque os Estados Unidos da América (EUA) estão a conduzir o país invasor a medidas extremas, garantiu.
O aumento das tensões vai levar a uma situação em que eles [a Rússia] vão pegar no botão vermelho e o colocá-lo em cima da mesa”, alertou, segundo o canal do Telegram Pul_1, citado pela agência russa TASS.
O Presidente avançou ainda que acha que os EUA estão “a pressionar os russos a utilizar armas ainda mais terríveis” e que a Rússia não vai ficar sentada, a “assistir calmamente” aos ataques do exército ucraniano.
“Vladimir Zelensky e o seu exército até podem estar armados com mísseis de longo alcance. Mesmo aqueles com um alcance de 300 quilómetros. Imaginem só mísseis poderosos a atingir 300 quilómetros de profundidade dentro do território russo. Acham que o presidente e os militares russos vão assistir calmamente a isto?” perguntou Lukashenko, referindo-se ao financiamento dos EUA à Ucrânia.
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“Mais uma vez, alguns idiotas pensam que vão ficar seguros do outro lado do oceano. Vão arrastar o mundo inteiro para esta guerra grave”, atirou ainda.
Por esta razão, Lukashenko pediu o fim do conflito, dizendo que os “ucranianos não têm nada com que lutar”. “Mesmo que tenham, não podem manter essa força durante mais tempo”, afirmou, segundo a agência noticiosa BelTA, citado pela TASS.
“Como veem, os polacos já estão preparados para conquistar o oeste da Ucrânia”, acrescentou. “Por isso, é preciso colocar um fim a esta situação agora. Caso contrário, dentro de alguns meses, ninguém vai discutir este assunto. Nem com os ucranianos, nem com o Ocidente”, declarou.