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Israel poderá lançar uma “operação” no norte de Gaza “nos próximos dias” e, por isso, difundiu uma recomendação de evacuação de toda aquela zona, instando todos os civis a moverem-se para sul num prazo de 24 horas. Esta “ordem de retirada” foi emitida logo às primeiras horas do chamado “Dia da Raiva“, assim declarado pelo Hamas e que poderá estar na base de dois incidentes que já ocorreram na manhã desta sexta-feira – um na China e outro em França.

Veja aqui os principais destaques deste dia, 13 de outubro, até ao meio da tarde.

  • A evacuação será para a vossa própria segurança”, afirmou o porta-voz das forças armadas israelitas, dirigindo-se aos cerca de 1,1 milhões de pessoas que vivem no norte da Faixa de Gaza.
  • A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu a Israel que volte atrás na anunciada intenção de lançar uma “operação” no norte de Gaza. É “impossível” retirar tanta gente num tão curto espaço de tempo, diz a ONU, e se a ordem de retirada não for suspensa isso “poderá transformar uma tragédia numa calamidade”.
  • Por seu lado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) também está pediu a Israel que recue na intenção de lançar uma operação militar em Gaza nos próximos dias. Tal operação, defende o líder da OMS, Tedros Ghebreyesus, será uma “sentença de morte” para os civis que estão hospitalizados naquela região.
  • Após a “ordem de retirada” emitida por Israel, o Hamas recomendou aos civis que não saiam das suas casas e que não compactuem com a “guerra psicológica” levada a cabo pelos “ocupantes” israelitas.
  • Esta posição, diria depois o governo israelita, significa que “o sangue de civis estará nas mãos do Hamas”, por pedir que estes fiquem no norte de Gaza depois de as forças armadas israelitas recomendarem a evacuação daquela zona. “A responsabilidade por aquilo que pode acontecer aos que não saírem [do norte de Gaza] pertence ao Hamas”, afirmou um porta-voz.
  • A agência turca Anadolu diz que centenas de milhares de pessoas já começaram a dirigir-se para o complexo hospitalar de Al Shifa, em Gaza, mas salienta que as pessoas estão confusas e aterrorizadas.
  • Aqueles que quiserem salvar a sua vida, por favor vão para sul“. O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, respondeu desta forma a uma pergunta dos jornalistas sobre se Israel admite alterar o prazo de 24 horas que deu, esta madrugada, para a retirada do norte da Faixa de Gaza. O responsável disse que o governo israelita “está a pedir a todos os civis na cidade de Gaza para irem para sul”. “Não queremos fazer-lhes mal”, acrescentou Yoav Gallant, criticando o Hamas por usar a população civil como camuflagem.
  • Entre a cidade de Gaza e Deir al-Balah, mais a sul, o caminho que, num dia normal, seria percorrido em cerca de 15 minutos demorou, esta sexta-feira, quase 2 horas a concluir pelo correspondente da Al Jazeera Safwat al-Kahlout. Milhares de famílias estão a abandonar o norte e o centro de Gaza, a pé e de carro, depois de Israel difundir uma recomendação de evacuação de toda aquela região, apelando aos civis para que movam a sul.
  • O Ministério da Saúde da Palestina atualizou o número de vítimas dos ataques aéreos israelitas em Gaza, dando conta, até ao momento, da morte de 1.799 cidadãos palestinianos e de 6.388 feridos. Só nas manifestações anti-Israel, seis palestinianos foram mortos na Cisjordânia, só esta sexta-feira, pela polícia israelita.
  • Forças blindadas israelitas estavam nesta sexta-feira concentradas nos arredores de Sderot, a pouco mais de cinco quilómetros a leste da Faixa de Gaza, enquanto era visível a saída de civis da cidade do sul de Israel. Trata-se de mais de duas dezenas de carros de combate que vão atravessando a estrada circular de Hiesdor, pouco depois da intersecção da autoestrada número 3, que liga a região à cidade de Jerusalém.
  • O Hamas garantiu que os bombardeamentos israelitas levaram à morte de 13 das pessoas que estavam detidas, como reféns, na Faixa de Gaza. Segundo a informação transmitida pelo Hamas, entre essas 13 pessoas estão estrangeiros. Israel não comentou: “O Hamas faz muitos comunicados, nós só valorizamos informação vinda de fontes confiáveis”.
  • O contra-ataque de Israel na Faixa de Gaza já matou 23 elementos da ONU envolvidos em missões humanitárias, revelou a organização internacional liderada por António Guterres.
  • O Hamas fez um apelo a um “Dia da Raiva” esta sexta-feira. O Conselho de Segurança Nacional e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel pediram aos israelitas que estejam alerta em todo o lado. Em Israel, o Conselho de Segurança Nacional e o Ministério dos Negócios Estrangeiros alertaram que o movimento islamita palestiniano “lançou um apelo aos seus apoiantes” para que “prejudiquem israelitas e judeus”, sendo provável que decorram ao longo do dia “eventos de protesto e atos violentos”. Há protestos na Jordânia e em Bagdad (Iraque).
  • Não foi estabelecida uma relação com este “Dia da Raiva” mas um diplomata israelita foi esfaqueado em Pequim, esta sexta-feira, confirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel. Ainda não existe muita informação sobre as circunstâncias do ataque além de que o ataque não terá ocorrido na embaixada israelita na capital chinesa. A vítima terá sobrevivido e foi possível “estabilizar” o seu estado de saúde.
  • Um professor foi morto esta sexta-feira numa escola em França, na cidade de Arras, depois de um homem entrar nas instalações com uma arma branca e a gritar “Allahu Akbar”. Além da vítima mortal, há várias pessoas feridas, incluindo pelo menos dois feridos com gravidade. O autor do ataque numa escola em Arras, França, será um antigo aluno da escola, com cerca de 20 anos de idade, e foi detido pela polícia.
  • As presidentes da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, já chegaram a Israel. Esta última diz na rede social X (ex-Twitter) que a viagem serve para mostrar a “solidariedade” para com Israel, que sofreu “o pior ataque terrorista das últimas gerações”. em Kfar Azza, cenário de um dos maiores massacres em Israel, Von Der Leyen diz que “o horror do que se passou aqui é indescritível”.
  • O Hamas levou a cabo ataques “desumanos” no sábado passado, mas qualquer resposta por parte de Israel deve respeitar o princípio da “proporcionalidade“. Esta é a posição manifestada esta quarta-feira pelo Vaticano, que se oferece para mediar o conflito e ajudar a negociar a libertação dos reféns.

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