O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, anunciou esta terça-feira que se desloca na quarta-feira a Bruxelas, onde na segunda-feira foram mortos num atentado dois adeptos da seleção de futebol da Suécia, um ato que considerou dirigido contra o seu país.
Amanhã irei a Bruxelas para prestar homenagem e chorar as vítimas do ataque terrorista de ontem”, anunciou Kristersson na rede social X.
https://twitter.com/SwedishPM/status/1714251714100961502
Previamente, e na mesma rede social, o primeiro-ministro sueco agradeceu a “solidariedade internacional” dirigida ao seu país após a divulgação do atentado na capital belga.
Much appreciate the international solidarity for Sweden after yesterday’s terrorist attack in Brussels. While we mourn the victims, my government is working closely with relevant agencies and international partners. Together we stand united against terrorism.
— SwedishPM (@SwedishPM) October 17, 2023
Enquanto choramos as nossas vítimas, o meu Governo trabalha estreitamente com as agências relevantes e os parceiros internacionais. Juntos, estamos unidos contra o terrorismo”, acrescentou Kristersson.
O primeiro-ministro sueco, e numa referência ao atentado, declarou aos média locais que “tudo indica tratar-se de um ataque terrorista dirigido à Suécia e a cidadãos suecos, simplesmente pelo facto de serem suecos”.
O autor do atentado identificado como Abdesalem Lassoued, um tunisino de 45 anos, foi morto pela polícia na madrugada desta terça-feira num café de Bruxelas.
Suspeito de ataque terrorista morreu depois de ser baleado e detido pela polícia belga
O suspeito encontrava-se ilegalmente na Bélgica, onde pediu asilo sem êxito em 2019, e estava identificado pela polícia por diversos delitos, mas não por extremismo violento, indicou manhã desta terça-feira o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo.
Até ao momento não detetámos qualquer indício que relacione este homem com envolvimento numa rede de terroristas”, disse o político liberal belga em declarações à televisão flamenga VRT.
De Croo sublinhou que “hoje tudo indica que este homem atuou de forma totalmente individual“.
De acordo com a procuradoria federal, o atacante, que se deslocava numa motocicleta, seguiu no final da tarde de segunda-feira os adeptos de futebol suecos que viajavam num táxi, e disparou uma arma automática de alto calibre quando saíam do veículo.
De acordo com fontes da agência noticiosa italiana Ansa, o suspeito desembarcou na ilha de Lampedusa numa pequena embarcação em 2011.
Abdesalem Lassoued viajou para a Suécia após uma breve permanência em Itália, e mais tarde foi expulso pelas autoridades suecas, regressando a Itália em 2016, onde foi considerado como “radicalizado” pelos serviços de segurança DIGOS, indicaram as mesmas fontes.
Na ocasião, terá manifestado a intenção de aderir ao combate jihadista. De seguida, e também já identificado pelos serviços de informações italianos, partiu para a Bélgica. Foi fotografado em Génova em 2021.
De acordo com fontes policiais, poderá ter optado por atacar cidadãos suecos pelo facto de ter sido expulso do país escandinavo.