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“[A rosácea] deixou de ser uma preocupação e tornou-se uma rotina”

Este artigo tem mais de 1 ano

Na infância, teve os primeiros sintomas, mas apenas na adolescência Carolina Romano sentiu o peso que podia ser viver com rosácea. Hoje, trata a doença por “tu” e sabe como a contornar no dia a dia.

Carolina sempre soube que a sua pele não era dita “normal”. Os primeiros sinais começaram a surgir ainda em criança. Depois de uma ida ao dermatologista, já na adolescência, o diagnóstico estava traçado: rosácea. Trata-se de uma condição inflamatória crónica comum da pele que afeta, sobretudo, o rosto. A cura é inexistente, mas há tratamentos que ajudam a controlar esta condição. Aliás, sem eles, a rosácea pode piorar ao longo do tempo, podendo levar a que os sintomas deixem de ser por pequenos períodos, passando a ser permanentes.

Mulheres de pele clara têm maior probabilidade de sofrer de rosácea. É o caso da de Carolina, a protagonista do sexto e último episódio de “Pele com pele”.

Parte I: A partida

Vermelhidão, vasos dilatados e sensação de calor na região central da face. Estes são os principais sintomas da rosácea. Os mesmos que Carolina Romano sempre sentiu. Tudo começou na infância: “Não percebia porque é que tinha isto [os sintomas]. Nem sequer conseguia identificar os momentos em que acontecia”, refere. Os sintomas que sentia fizeram-na consultar um dermatologista. “Quando cheguei à fase da adolescência, comecei a tentar perceber, porque me preocupei com o meu aspeto e com a maneira como me sentia ao pé dos outros. Então, falei com a minha mãe e fomos a um dermatologista”, recorda. Foi quando Carolina descobriu que, afinal, a sua pele tinha uma condição: “Além de ter a pele super sensível e reativa a tudo e mais alguma coisa, a médica explicou-me que tinha rosácea”.

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Parte II: A viagem

Carolina sempre viveu com os comentários dos outros, quando a vermelhidão da rosácea dava de si: “As pessoas abordavam-me e diziam ‘não estejas nervosa’. E eu não estava nervosa.” O que, em várias situações, a fazia perder a confiança que anteriormente tinha. Mas esta vergonha ou embaraço eram, na verdade, sintomas de rosácea.

As exclamações de terceiros começaram a pesar-lhe na adolescência: “Quando comecei a fazer alguns trabalhos de fotografia ou de moda, era complicado, porque o aspeto era a base. E as pessoas olhavam de lado e diziam ‘mas porque é que estás tão vermelha: estás nervosa? Está calor?’. Eu acabava por me sentir insegura e deixava de aparecer. No desporto, bastava estar num pavilhão mais fechado, com uma luz mais quente, com as luzes do pavilhão a bater, que eu reagia logo. E não é aquele vermelho que as pessoas têm de fazer atividade física. Era mesmo uma coisa feia, em que as pessoas olhavam e eu sentia que estavam a olhar para a minha cara”.

Não foi apenas no desporto ou no mundo da fotografia que a vermelhidão da rosácea a fez querer parar: “Acabava sempre por integrar projetos que tinha de dar a cara, tinha de me expor, de falar em público ou de ter muita gente a olhar para mim. E, às vezes, bastava estar numa sala com o ar condicionado ligado, para ficar super vermelha, com um ardor que me incomodava e me desfocava do que eu estava a dizer”, recorda. “Entrava na sala confiante e perdia a confiança no meu discurso, por, simplesmente, saber como estava o meu aspeto [vermelhidão na cara] e que o que estava a transmitir às pessoas não era confiança. Então acabava por ter um discurso inseguro e que, em alguns momentos, me evitou e me travou de ir a alguns sítios e de entrar em algumas atividades.”

Começou, então, a importar-se com o que comentavam, a incomodar-se com o que diziam. E a rosácea criou-lhe, assim, como que uma cicatriz interior: “Começou a ser mesmo uma paranóia, porque, a certo ponto, eu começava a pensar em casa: ‘vou-me inscrever num grupo de debate e vou ter de estar dentro de uma sala. Então e em que sala é que vai ser? Lá na escola, de certeza que é na sala dos debates, que é aquela que tem sempre o ar condicionado ligado.’ E não integrava o grupo. No início foi um bocado mais complicado, o que acabou por me criar memórias mais chatas”.

Parte III: A superação

Aquando o diagnóstico de rosácea, Carolina soube que não havia cura para a condição da sua pele, porém, a médica dermatologista explicou-lhe que se quisesse gerir os sintomas, só havia um caminho: ter cuidados com a pele para o resto da vida. “Comecei a ter muitos mais cuidados com a pele. Tudo o que me rodeava ou afetava, comecei a ter sempre em conta”.

Carolina Romano

A chegada

De uma infância com sintomas a uma adolescência em que a rosácea quase se tornou inimiga, hoje, com 23 anos, Carolina está de pazes feitas com esta condição. Sabe o que deve evitar — como locais muito quentes, roupa em contacto com a pele do rosto ou ares condicionados — e como deve tratar a sua pele: “Primeiro, bebo imensa água, que sei que isso afeta, e em miúda não bebia; à noite, lavo sempre a cara e ponho o creme hidratante antes de dormir; e de manhã, coloco sempre dois cremes da Eucerin, um que ajuda a acalmar a rosácea para pele sensível, e, depois, o creme hidratante.”

Além de toda esta rotina, Carolina descobriu dois grandes aliados da gama AtopiControl da Eucerin — o Eucerin AtopiControl Spray Anti-Prurido e o Eucerin AtopiControl Creme para Fases Agudas, tornando-os nos seus melhores amigos: “Tenho sempre, na minha carteira, o spray que é calmante e que me ajuda se eu estiver nalgum momento de pressão”, e “um creme pequenino para aplicar só nalguns pontos que estejam a reagir mais. É um creme de emergência”, realça. “Com a Eucerin, é mesmo uma ajuda muito grande, porque tem toda uma gama que não me vai curar a 100%, mas que me ajuda a gerir o meu dia”.

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