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O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou-se terça-feira “profundamente perturbado” com a “horrível” situação em vários hospitais em Gaza, reforçando os apelos a um cessar-fogo humanitário imediato “em nome da humanidade”.
“O secretário-geral está profundamente perturbado com a horrível situação e a dramática perda de vidas em vários hospitais em Gaza”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz de Guterres.
“Em nome da humanidade, o secretário-geral apela a um cessar-fogo humanitário imediato”, frisou o porta-voz de Guterres.
Ainda sobre a situação dos hospitais de Gaza, a organização Human Rights Watch (HRW) apelou terça-feira para uma investigação aos ataques israelitas contra instalações de saúde, pessoal médico e transportes por poderem constituir crimes de guerra.
Os ataques “estão a destruir ainda mais o sistema de saúde de Gaza”, disse a organização de defesa dos direitos humanos com sede em Nova Iorque num relatório citado pela agência espanhola EFE.
A HRW apelou ao Governo israelita para que cesse os ataques aos hospitais e defendeu uma investigação por parte do Tribunal Penal Internacional e da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre os territórios palestinianos ocupados.
Israel afirma que o grupo islamita Hamas possui uma rede de túneis e infraestruturas militares por debaixo e à volta dos hospitais da Faixa de Gaza.
Telavive acusou o Hamas na segunda-feira de utilizar o hospital pediátrico de Rantisi para esconder os milicianos que cometeram o atentado de 7 de outubro em Israel e para manter reféns que foram feitos prisioneiros na altura.
O ataque sem precedentes do Hamas provocou 1.200 mortos e desencadeou uma guerra que já matou mais de 11 mil pessoas na Faixa de Gaza, segundo números divulgados pelo grupo islamita, que controla o território desde 2007.