Acompanhe no nosso liveblog todas as atualizações sobre o conflito israelo-palestiniano.
Raaya e Hila Rotem, mãe e filha, foram levadas de casa, no kibutz Be’eri, pelos terroristas do Hamas durante o massacre de 7 de outubro. A 25 de novembro, Hila, de 13 anos, foi uma de 13 reféns israelitas libertados, no âmbito da trégua de quatro dias acordada entre Israel e o Hamas. Raaya, de 54 anos, ficou para trás.
Do grupo de 13 reféns libertados no sábado, 12 eram residentes do kibutz Be’eri. Em comunicado, a comunidade expressou-se “feliz e entusiasmada” pelo regresso das suas pessoas, mas acusou o Hamas de violar os termos do acordo, ao libertar a adolescente sem a mãe.
“Hila está a regressar para casa sem a mãe, Raaya, que permanece em cativeiro. O Hamas violou grosseiramente o acordo, e separou mãe e filha“, lê-se no comunicado, citado pelo The Times of Israel. “Três crianças de duas famílias do kibutz foram separadas do seu único progenitor sobrevivente”, acrescenta, em referência a Noam e Alma Or, de 17 e 13 anos, respetivamente, que foram libertados sem o pai, Dror. A mãe, Yonat, foi assassinada pelos terroristas no dia do massacre.
O momento emotivo em que a pequena Hila se reencontrou com o tio, na noite de sábado, foi partilhado no canal de Youtube das Forças de Defesa de Israel (a partir do 4.º segundo de vídeo).
No início da semana, Yari Rotem, irmão de Raaya, expressou-se esperançoso de que as duas familiares fossem libertadas durante o cessar-fogo. “Se este acordo acontecer, a minha mãe e sobrinha podem ser libertadas”, disse, citado pelo The Wall Street Journal. “Mas estou a tentar não alimentar falsas esperanças até as ver com os meus próprios olhos.”
A 7 de outubro, mãe e filha esconderam-se dos terroristas em quartos seguros separados de sua casa mas, pelas 12h05, Raaya enviou uma mensagem ao irmão a contar que tinham sido capturadas. “Respondi: ‘O quê?’ Ela não recebeu essa mensagem”, contou, citado pelo mesmo jornal. Os familiares não tiveram mais notícias durante 22 dias, até serem informados, a 29 de outubro, que Raaya e Hila estavam na lista oficial de reféns do Hamas.
Estima-se que 10% dos residentes do kibutz Be’eri tenham morrido no massacre de 7 de outubro.
Sobretudo jovens e crianças entre os 13 reféns israelitas libertados