Uma longa investigação de contraespionagem do FBI levou à detenção de Victor Manuel Rocha na última sexta-feira. O homem de 73 anos é acusado de servir secretamente o governo cubano, na condição de espião, durante mais de 40 anos, numa ligação que terá começado na década de 80.
De acordo com o procurador-geral Merrick Garland, esta detenção “expõe uma das infiltrações de maior alcance e mais duradouras no governo dos Estados Unidos por um agente estrangeiro”. A acusação alega que, “durante mais de 40 anos”, Rocha “serviu como agente do governo cubano e procurou e obteve cargos dentro do governo dos Estados Unidos que lhe proporcionariam acesso a informações não públicas e a capacidade de afetar a política externa dos EUA”.
Former U.S. Ambassador and National Security Council Official Charged with Secretly Acting as an Agent of the Cuban Government
Read more: https://t.co/EF3LyYXl05https://t.co/B4gdsOcGRk pic.twitter.com/OXf4R4RkWD— U.S. Department of Justice (@TheJusticeDept) December 4, 2023
O FBI alega ter descoberto a relação de Victor Manuel Rocha com Cuba no ano passado e, a partir daí, terá organizado uma série de reuniões secretas com um agente que se passava por colaborador dos serviços de inteligência de Cuba, segundo a Sky News.
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Rocha está agora a ser acusado de ter cometido diversos crimes federais, entre eles o uso de um passaporte obtido de forma ilícita e o de ser um agente estrangeiro ilegal.
A carreira diplomática de Manuel Rocha começou em 1981, ano em que ingressou no Departamento de Estado. Entre 1994 e 1995 foi conselheiro do Conselho de Segurança Nacional do governo dos EUA e, de 2000 a 2002, foi embaixador norte-americano na Bolívia.