Desde há muito que se fala de uma potencial venda da Altice Portugal por parte do grupo detido por Patrick Drahi. Várias empresas estrangeiras já foram sendo dadas como interessadas. Há cerca de dois anos a Bloomberg também avançava como interessados a Blackstone, a CVC Capital Partners, a Apollo Global Management, a EQT e a MásMovil, que está em processo de venda da Nowo em Portugal.
Agora a Bloomberg volta a apresentar um novo candidato — a Saudi Telecom, citando fontes anónimas. A notícia, citando a Bloomberg, foi avançada pelo Jornal de Negócios.
Segundo a mesma notícia, outras companhias e alguns fundos de investimento têm estado a avaliar a operação, cujas ofertas poderão ser submetidas antes do Natal. A Bloomberg aponta para valores entre os 7 mil milhões e os 9,5 mil milhões de euros. Este tem sido, aliás, o valor que a Altice avalia a operação em Portugal, que já é diferente daquela que a empresa de Patrick Drahi comprou, em 2015.
A Saudi Telecom tornou-se, já este ano, a maior acionista individual da Telefónica, com 19,9%. Investiu, para essa posição, 2,1 mil milhões de euros. E ainda na Europa comprou a empresa de torres móveis United Group que opera na Bulgária, Croácia e Eslovénia.
A eventual venda da operação portuguesa voltou a ganhar força depois dos processos de investigação judicial envolvendo a Altice, nomeadamente um dos seus antigos sócios, Armando Pereira e algumas empresas fornecedoras da Altice. Também apanhou o genro de Armando Pereira, que estava na operação dos Estados Unidos e que acabou por suspender as suas atividade na empresa norte-americana. Gastou, nesta compra, 1,3 mil milhões de euros.
Em Portugal, o ex-presidente executivo (que depois passou a chairman), Alexandre Fonseca, suspendeu igualmente as suas funções em todo o grupo.
Em setembro, Drahi admitiu vender qualquer um dos seus ativos para conseguir reduzir a dívida de 60 mil milhões. A Bloomberg não obteve comentários de qualquer uma das partes.
